Cara a Cara

«A Comunilog tem capacidade para ombrear com as empresas do litoral»

Escrito por Jornal O INTERIOR

Entrevista a Nuno Silva, Diretor Geral Comunilog Consulting

P – Como surgiu a Comunilog?
R – A ideia original era construir uma empresa de comunicação e logística. Entretanto, foi-se dedicando a outras áreas como informática, contabilidade, consultoria e formação profissional. Se existissem 10 maneiras em como não se deve abrir uma empresa, a Comunilog seria o exemplo de uma delas. Apesar de todas as contrariedades, com alguma perseverança, e depois de algumas tentativas-erro, especializou-se na área em que é mais conhecida – a formação profissional.

P – Fundada há 15 anos, o que tem feito a empresa até agora?
R – Tem trabalhado muito para ser uma referência ao nível da formação profissional. Somos uma das empresas em Portugal com mais áreas certificadas, com imensas acreditações e homologações e que forma anualmente 7.000 pessoas nas mais diversas áreas. Conta com uma equipa de 300 formadores, de norte a sul do país. Ao longo destes 15 anos temos vindo a construir um conjunto de projetos que acreditamos que irão ser referência a nível nacional.

P – Tem sido considerada uma das 100 melhores empresas para trabalhar em Portugal. Qual é a filosofia?
R – A filosofia é simples: é centrar toda a atividade no colaborador e na sua importância na organização. O colaborador é, para nós, o mais importante dentro da empresa. De salientar que somos a única empresa do interior que, durante dois anos consecutivos, teve este galardão, o que demonstra um pouco da capacidade que a Comunilog (do interior) tem de ombrear com aqueles que consideramos por vezes inatingíveis (do litoral). O mérito é sem dúvida da equipa e de uma direção que todos os dias centra a sua linha de liderança a pensar nos colaboradores, na família e meio envolvente. A Comunilog deu o pontapé de saída e é importante que mais empresas do interior façam o mesmo. A interioridade é algo que está nas nossas cabeças e temos tantos exemplos de boas práticas nestes territórios que o segredo do sucesso está apenas em nós próprios.

P – Quais são as principais dificuldades da empresa neste momento?
R – A Comunilog vê sempre as dificuldades como oportunidades e cada situação que se coloca é uma forma de repensarmos o negócio, tornar-nos mais ágeis e com isso melhorar todo o processo. Temos tido muitos desafios e penso que são essas dificuldades e desafios que têm feito crescer a equipa e toda uma organização que está em todos os distritos de Portugal, com exceção do Porto, Aveiro e Santarém. O maior desafio para mim tem sido motivar toda uma equipa que, neste contexto, tem altos e baixos, mas felizmente orgulho-me de ter comigo excelentes profissionais com bons princípios e valores, o que torna mais fácil superar todos os obstáculos.

P – E os projetos para o futuro?
R – Temos imensos! Ao fim de 15 anos estamos mais maduros e sabemos o caminho a seguir. Pretendemos seccionar as marcas da Comunilog e queremos, até 2025, estar em todos os distritos de Portugal com delegações próprias, processo que parou por causa da pandemia. Outro desafio relevante é dar continuidade ao processo de internacionalização, afirmar o projeto iLearning como a referência nacional em formação distância e transformar o projeto “Escola Comercial e Industrial de Formação” como uma referência na formação técnica e profissional, entre outras ideias que estão sempre a nascer. A Comunilog irá ser uma das referências nacionais do sector.

P – Qual o impacto da pandemia na vossa atividade e com que consequências?
R – O impacto obrigou a empresa a reinventar-se e a criar novos métodos de trabalho. Foi necessário adaptar toda uma organização a uma situação atípica e fazer uma gestão diária sem certeza do futuro, ou como isto irá terminar. A maior consequência, na nossa perspetiva, é o que vai ficar quando tudo isto acabar. O nosso maior desejo é que tudo regresse rapidamente à normalidade e os postos de trabalho sejam mantidos. Este desejo também se aplica aos nossos concorrentes, pois precisamos deles para uma competitividade saudável e nos mantermos sempre na vanguarda da inovação e desenvolvimento. O maior impacto interno é, sem dúvida, a falta do contacto humano, a presença dos nossos clientes nos nossos espaços, a gestão familiar, a apreensão ao nível da saúde, mas o mais importante é estarmos juntos para levar tudo para a frente, pois só juntos para o combate é possível.

 

Perfil de Nuno Silva

Diretor Geral Comunilog Consulting

Profissão: Gestor de empresas

Idade: 42 anos

Naturalidade: Vilar Formoso

Currículo: Licenciado em Gestão , Pós Graduação em Gestão e Direção de Segurança e MBA em Gestão de PMES . Ex- Diretor Geral da Ensiguarda , ex – Vice Presidente do Centro Cultural da Guarda e Associação de Comércio e serviços da Guarda . E ex- Presidente da Associação Académica da Guarda , FNAEESP e Distrital da Juventude Socialista da Guarda

Livro preferido: “O Padrinho”, de Mario Puzo

Filme preferido: “Gladiador”, de Ridley Scott

Hobbies: Leitura e agora passear de 4L com a família

Sobre o autor

Jornal O INTERIOR

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