P- Quais serão as suas prioridades enquanto presidente da comissão permanente do Conselho Municipal de Juventude da Covilhã?
R- Trabalhar sobre a sustentabilidade do associativismo juvenil, a formação das entidades e dirigentes, a empregabilidade jovem e a participação dos jovens, são alguns dos temas que quero ver debatidos e trabalhados. Ainda assim, os temas discutidos e o plano de atividades desenvolvido serão tão diversos quanto os membros do CMJ assim queiram, e conto com todos para trazer novos conteúdos e ideias para debater.
P- Quais são as dificuldades que os jovens encontram no concelho?
R- Em função das idades as dificuldades são diversas, desde a falta de emprego à falta de ocupação de tempos livres. A ausência de casas para arrendamento a preço controlado também começa a ser um problema a que a autarquia não pode ficar indiferente.
P- Como vê atualmente a participação dos jovens covilhanenses em atividades cívicas e políticas?
R- Creio que há um afastamento de grande parte dos jovens da cena política, no próprio CMJ cai-se repetidamente na discussão de não politizar ou partidarizar o órgão dando-se, por vezes, uma conotação negativa aquilo que é a política. Sendo certo que concordo que o órgão não deva ser partidarizado, no entanto, a política é algo a que ninguém deve ficar alheio, seja ela local, regional, nacional ou internacional.
P- Que diferença pode fazer o Conselho Municipal de Juventude na Covilhã?
R- O Conselho Municipal de Juventude quer fazer a diferença junto da autarquia, despertando o poder político para a importância e necessidade de investir nos jovens e trabalhar para eles, e por outro lado, quer trazer os jovens à discussão política, envolvê-los, chamá-los a fazer parte da construção das soluções que procuram e em consequência de um concelho amigo dos jovens.
P- Desde que foi criado, em 2016, o que tem sido feito?
R- Quando o CMJ foi criado, e desde as primeiras reuniões da comissão permanente que se trabalhou um plano de atividades direcionado aos jovens do concelho. Conseguimos desenvolver algumas delas, exemplo disso foram o jantar de Natal solidário e o encontro associativo juvenil. No entanto, as atividades realizadas ficaram aquém do que tínhamos planeado.
P- O seu antecessor queixava-se de falta de coordenação com a autarquia. Esta é uma situação ultrapassada, o que fará para resolver?
R- Ainda não temos tempo de trabalho que nos permita dizer se vamos ter ou não dificuldades em nos coordenar com a autarquia. Todavia, tudo faremos para que tal não suceda.
P- De forma a beneficiar os jovens, que medida considera que deveria constar já no orçamento da autarquia para 2019?
R- Embora este seja um tema muito falado nos últimos dias, um orçamento participativo jovem seria uma medida em que a autarquia devia apostar por forma a chamar os jovens à vida do concelho e conhecer e responder às suas necessidades.
Perfil:
Presidente do Conselho de Municipal de Juventude da Covilhã
Idade: 28 anos
Profissão: Advogada
Currículo: licenciatura em Direito e mestre em Ciências Jurídico-Forenses pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra; pós-graduação em Mediação de Conflitos pela Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa; formadora e dirigente associativa. preside à direção da ACD Jovem Teixo desde 2015
Naturalidade: Covilhã
Livro preferido: “As intermitências da morte”, de José Saramago
Filme preferido: “Still Alice”
Hobbies: Viajar, fazer desporto, ouvir música, ler