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Zhenchen Liu vence Cine’Eco

Festival Internacional de Cinema de Ambiente de Seia terminou no sábado com 86 filmes a concurso

O Cine’Eco 2008 consagrou “Em Construção” (“Under Construction”), do realizador chinês Zhenchen Liu. O documentário conquistou a Campânula de Ouro – correspondente ao Grande Prémio do Festival Internacional de Cinema de Ambiente de Seia –, mas também o galardão da Juventude e uma menção honrosa do Júri das Extensões.

“Em Construção” é uma visão bi e tri dimensional das áreas habitacionais de Xangai agora destruídas. «Os planificadores urbanos decidiram derrubar partes da antiga cidade para a renovar. Todos os anos mais de 100 mil famílias são forçadas a abandonar as suas casas e a mudarem-se para edifícios na periferia», escreve o autor a propósito do filme. Zhenchen Liu nasceu em Xangai em 1976. Formou-se na School of Fine Art local e trabalha como “freelancer” em França e na China. O júri internacional premiou ainda os documentários “Desertos em Movimento – Europa”, do alemão Ingo Herbst (Educação Ambiental); “Os Olhos Fechados da América Latina”, do argentino Miguel Mirra (Antropologia Ambiental) e “Cemitérios digitais”, do grego Yorgos Avgeropoulos (Valorização de Resíduos). O austríaco Manfred Corrine, com “O Estádio Verde”, venceu o Prémio Polis, enquanto a dupla indiana Pinky Brahma Choudhury e Shobhit Jain receberam o Prémio Água por “Desenvolvimento Hidrográfico – Tratamento de Áreas em Sulcos”.

Na categoria de vídeo não profissional a escolha recaiu sobre “Não Há Terra para os Pinguins”, do realizador suíço Barelli Marcel, tendo o norte-americano Christopher Monger conquistado o Prémio Camacho Costa, com “Um Sentimento Maravilhoso”. Houve ainda duas menções honrosas para “Os Profetas do Clima”, de Christoph Felder (Alemanha), e “Correntes – Por Amor À Água”, de Irena Salina (EUA). «A importância deste festival é primordial porque o mundo é a nossa casa e todos temos o direito de viver em harmonia. Por isso, aqui lavramos um desafio: Para o ano queremos ainda mais filmes e mais momentos para contrariar o medo de mudar», desafiou o júri. Nas restantes secções, “Juruna, O Espírito da Floresta”, do realizador brasileiro Armando Sampaio Lacerda, venceu o Grande Prémio da Lusofonia e “Desertos em Movimento”, de Ingo Herbst, o galardão Cine’Eco em Movimento.

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