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XVª Feira do Fumeiro do Nordeste da Beira arranca amanhã

Está de regresso mais uma edição da Feira do Fumeiro, dos Sabores e do Artesanato do Nordeste da Beira, em Trancoso. O certame decorre em dois fins-de-semana e é uma organização conjunta da AENEBEIRA e da autarquia.

Do vale do Douro à Serra da Estrela, é no Pavilhão Multiusos de Trancoso que se vão concentrar cerca de 90 expositores de produtos regionais assentes nos recursos endógenos desta região e todos eles certificados. Esta é, aliás, uma característica da Feira do Fumeiro, dos Sabores e do Artesanato do Nordeste da Beira que a organização gosta de destacar, pois «distingue-a de qualquer outra feira que se realiza na região», afirma Tomás Martins, presidente da AENEBEIRA, que não esconde «as expectativas elevadas» que deposita no evento.

Queijo, pão, enchidos, vinhos, azeites, doçaria regional, mel e artesanato são os produtos que se vão poder encontrar ao longo dos próximos dois fins-de semana no Pavilhão Multiusos de Trancoso, «todos eles com referência de qualidade e de cumprimento das normas de produção», garante o dirigente da AENEBEIRA. Quanto a novidades, este ano há algumas mudanças na forma como a feira está organizada, já que «misturamos o sectores para permitir a circulação de pessoas pela feira», adianta o responsável. Nos dois sábados do evento haverá também sessões de esclarecimento destinadas aos agricultores. A primeira será sobre as medidas de apoio para o sector e na próxima semana vão ser apresentadas a iniciativa “Portugal Sou Eu” e o projeto de internacionalização dos vinhos da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP). «É uma forma de permitir que os nossos agricultores tenham acesso a questões que normalmente não têm», sublinha Tomás Martins.

Numa região habituada às feiras dedicadas aos produtos endógenos, o presidente da AENEBEIRA acredita que esta «não é comparável a qualquer outra da região» porque «o grande objetivo é que se faça negócio». E garante que neste certame é comum «venderem-se toneladas de queijos e enchidos» e que muitos produtores conseguem «fechar negócios para o ano inteiro». A Feira do Fumeiro tem por isso «a particularidade de ter uma vertente empresarial». Uma opinião partilhada pelo presidente da Câmara de Trancoso, coorganizador do certame. Amílcar Salvador também dá destaque à «vertente comercial» de um evento que diz movimentar «milhares de euros». Já a animação do certame o programa é mais modesto, «com custos controlados» e reservado aos artistas da terra.

De resto, tal como no passado, os fins-de-semana do certame coincidem com as festas das amendoeiras em flor em Figueira de Castelo Rodrigo e Vila Nova de Foz Côa, o que contribuiu para «uma maior afluência de visitantes e de outros pontos do país, não só da região», afirma o edil. Nesse sentido, a organização estima que possam passar pela feira entre 30 a 40 mil visitantes nos dois fins-de-semana. Quanto ao facto de se tratar de uma organização conjunta, Amílcar Salvador acredita que este «é o caminho», pois «juntos temos mais força e um trabalho conjunto faz todo o sentido».

Organização espera entre 30 a 40 mil visitantes no Pavilhão Multiusos

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