A passagem da 71ª Volta a Portugal em bicicleta pela Guarda, na última sexta-feira, encheu as principais unidades hoteleiras da cidade. Alguns dos seus responsáveis confirmam ter tido lotações esgotadas pelo menos uma noite, a da véspera da chegada da segunda etapa, que ligou Idanha-a-Nova à Guarda, e outros falam em três dias de enchentes.
No Lusitânia Parque Hotel, de quatro estrelas, a administração diz que os 63 quartos estiveram todos ocupados na quinta, sexta e sábado. «Tivemos algumas equipas, mas a lotação deveu-se sobretudo à RTP» e ao programa “Há Volta”, que acompanha a prova de ciclismo nacional pelas principais cidades e vilas envolvidas, refere o administrador-geral, Nuno Freitas. Já no Hotel Vanguarda, com uma capacidade de 83 quartos, do grupo IMB Hotéis, os efeitos da passagem da Volta fizeram-se sentir sobretudo na véspera da chegada da segunda etapa à cidade. Esta unidade hoteleira, de categoria três estrelas, recebeu algumas equipas ao abrigo de «um contrato, a nível de grupo, que existe com a organização», à semelhança do que aconteceu com o Hotel Turismo na Covilhã, explica o administrador do IMB Hotéis, Luís Veiga.
«É óbvio que a Volta tem sempre muito impacto na região da Serra da Estrela», acrescenta, ao constatar que os efeitos da passagem da principal prova de ciclismo nacional dependem da forma como as autarquias contratualizam as partidas e chegadas. Também no Hotel Turismo da Guarda, com 100 quartos, foi na noite de quinta-feira que se deu a grande enchente. «Estivemos com lotação de 100 por cento nessa noite», refere uma das recepcionistas desta unidade de três estrelas, Anabela Neto. No Aparthotel Quinta dos Avelanais, que tem 12 quartos, «sentiu-se muito o efeito da Volta», diz Maria Odete dos Anjos. Para além da noite que antecedeu a chegada dos ciclistas, a unidade hoteleira esteve também lotada na sexta. «Tivemos grande procura. Se tivéssemos mais quartos, mais estadias tínhamos registado», refere ainda.
