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«Viver em Belmonte compensa»

Autarquia disponibiliza, entre outras regalias, lotes para habitação a preços imbatíveis na região e corta nas tarifas e taxas para cativar habitantes

«Se fizerem as contas, realmente, viver em Belmonte compensa». É o que diz Amândio Melo, presidente do município, em relação aos novos benefícios implementados pela autarquia não só para os residentes, mas também para aqueles que, no futuro, se queiram instalar no concelho. Até porque, feitas as contas, nenhum outro município da região oferece tantas regalias para se viver como Belmonte.

A Câmara Municipal aprovou, recentemente, um conjunto de medidas que beneficiam os seus munícipes. Mas não só. A fixação e atracção de pessoas é outro dos objectivos. «No fundo, queremos investir na qualidade de vida das pessoas», adianta o autarca. Nesse sentido, para as famílias, as tarifas da água baixam para 18 cêntimos por metro cúbico no primeiro escalão e para 31 cêntimos no segundo escalão. «Temos a água mais barata da região», sublinha. Mas há mais. Os agregados familiares beneficiam ainda, no que diz respeito a taxas e impostos, de uma redução de cinco por cento no IRS, de isenção do imposto sobre os lucros das empresas (derrama), da taxa de saneamento e de resíduos sólidos. Quanto à habitação, a autarquia está a disponibilizar lotes a 14 e 34 euros por metro quadrado. Através de um programa específico, o município incentiva igualmente a recuperação do património habitacional degradado construído antes de 1970, em que as comparticipações não poderão exceder os 2.500 euros.

Aos seniores, a autarquia oferece 50 por cento de desconto no pagamento de consumo de água para fins domésticos, até quatro metros cúbicos, tal como o pagamento de 10 por cento dos medicamentos até ao valor máximo de 175 euros, além de 75 euros anuais em transportes públicos, entre outras benesses. Os mais jovens também não são esquecidos e desfrutam, entre outras regalias, de menos 25 por cento na aquisição de um lote para construção de habitação própria e permanente. Contudo, a aposta mais importante está na promoção da criação de empresas, sendo que a autarquia comparticipa com 20 por cento, até ao limite de 40 mil euros. Os bombeiros também não foram esquecidos e, além da redução em 50 por cento na factura da água, ainda estão isentos da taxa de alvará de construção de habitação própria. No que diz respeito às creches e jardins-de-infância, os valores máximos são de 43 e 35 euros, respectivamente. Já os idosos que frequentem os centros de dia têm direito a alimentação e transporte por apenas 68 euros. «Há toda uma série de custos básicos que nós temos mais baixos, o que poderá levar as pessoas a repensar a sua residência», acredita o presidente.

Tanto mais que Belmonte, também classificada como Aldeia Histórica, está equidistante da Guarda e da Covilhã pela A23, situando-se, por isso, num ponto estratégico no contexto regional do emprego. Este e outros argumentos levam Amândio Melo a considerar que os residentes podem «gerir melhor o seu orçamento familiar», realçando que a intenção da autarquia com estas medidas é «libertar custos para que as famílias possam ter mais qualidade de vida». Admitindo que o Governo tem «descurado a população do interior», o edil sustenta que cabe aos autarcas da região «manter as pessoas que ainda aqui permanecem». No caso de Belmonte, esse esforço representa cerca de 110 mil euros «só em IRS que não é cobrado, mas é um investimento no futuro» do concelho, acredita o autarca.

Tânia Santos

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