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Vitória suada

Mileu-Guarda derrota Lageosa do Mondego por duas bolas a uma

À partida para este desafio, o Mileu gozava de um favoritismo quase absoluto, mas com o decorrer do tempo o equilíbrio acabou por vir ao de cima, embora a mais-valia dos homens da casa tenha surgido na segunda parte.

As situações de equilíbrio foram alternando com outras de maior pendor atacante por parte das duas equipas. Logo aos 4’, surgiu o primeiro lance de perigo e a primeira contrariedade para a Lageosa. Em jogada de contra-ataque, Paulinho isolou-se pela direita do seu ataque e, à saída de Sampaio, tentou o chapéu, que saiu ao lado. Como um mal nunca vem só, o avançado foi obrigado a abandonar por lesão na sequência deste lance. Uma adversidade para Luís Patrício, que foi obrigado a uma alteração no onze inicial logo no começo da partida. Entretanto, os anfitriões começaram a empurrar o adversário para a sua área e a criar algumas oportunidades de golo. Ainda assim, umas vezes por ineficácia atacante, outras pelo bom desempenho de Joel, o nulo subsistiu até aos 32’. O golo da Lageosa surgiu na sequência de uma jogada de contra-ataque, com Futre, após percorrer o corredor esquerdo, a cruzar tenso, perto do vértice da grande área, fazendo a bola tabelar na cabeça de João Almeida e entrar na baliza. Sampaio nada pôde fazer. Um tento que fez quebrar bastante os visitados, mas ainda assim o Mileu terminou o primeiro tempo a pressionar.

Na segunda parte, a formação da casa surgiu mais organizada e coesa, com a nítida intenção de encostar o adversário junto à área. Aos 53’, numa jogada de insistência, Ferreira, a cerca de 25 metros da baliza, rematou fortíssimo para o golo da igualdade. De referir que Joel não esteve muito bem neste lance. A seguir, a Lageosa ainda tentou reagir, mas sem resultados práticos. Aos 63’, Liberalino Almeida fez duas substituições de uma só vez, entrando Barata e Gaspar para os lugares de Pedro Francês e Acelino, e quatro minutos depois o jogo de bancos deu frutos. Pirri trabalhou bem na esquerda do seu ataque, passou por três adversários antes de rematar forte, cruzado e rasteiro. Um “tiro” que Joel defendeu de forma incompleta, logo aproveitada por Barata para encostar o pé e fazer o 2-1. Até ao final, o equilíbrio foi a nota dominante, com um ligeiro ascendente da equipa da casa. Quanto à arbitragem, apesar de regular, notou-se a falta de entendimento entre o chefe de equipa e os seus auxiliares.

António Fonseca, “Jogo Limpo”, Rádio F

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