Numa tarde fria e sem grande assistência, a equipa do Ginásio Figueirense foi prática e regressou às vitórias depois de uma série de resultados menos conseguidos. Mas não se julgue que foi uma vitória fácil, muito pelo contrário, pois o Figueiró até “vendeu bem cara” a derrota, consumada apenas no último quarto de hora da partida. Aliás, o futebol aceitável praticado pelos visitantes levou alguns espectadores a comentar a estranheza desta equipa do concelho de Fornos de Algodres ainda não ter pontuado no Distrital.
Mas vamos ao jogo. O Figueira, com o treinador Paulo Baptista (castigado) e Silva (lesionado) na bancada, tentou resolver cedo a contenda, contudo, na primeira parte não houve arte nem engenho para bater Júlio, algo desamparado em várias ocasiões. É que ao longo dos 45 minutos iniciais houve quatro oportunidades flagrantes de golo, mas Paulo Jacinto (em clara crise de confiança) falhou por duas vezes com a baliza escancarada. Em contrapartida, o Figueiró, que se apresentou no municipal figueirense com a equipa arranjadinha na defesa, lá foi chegando para as encomendas. Na segunda parte, e porque era necessário mudar algo, Paulo Baptista trocou Luís Paulo por Pedrinha, recuando Alfredo para a lateral, cujas investidas em velocidade conseguiram trocar as voltas aos defensores do Figueiró, tendo sido ele inclusive a inaugurar o marcador. Estavam corridos 77’ quando Pedrinha tranquilizou as hostes figueirenses, que ficaram descansadas ao cair do pano após Tó Luís fazer o 2-0.
O trio de arbitragem teve um jogo fácil e sem grandes erros. Só não conseguimos descortinar a razão da amostragem de um vermelho directo a Álvaro, que, quando muito, poderia ter visto o amarelo. Fica o benefício da dúvida, numa vitória merecida pela vontade demonstrada pelos figueirenses em ganhar esta partida, apesar de ter acontecido mais com o coração do que com a cabeça.
Carlos Coelho
