Um jovem vítima de despiste em Vila Nova de Foz Côa andou desaparecido durante um dia, após abandonar o local do acidente na tarde de sábado, na estrada municipal que dá acesso à antiga estação de caminhos-de-ferro da cidade, na foz do rio Côa. Márcio, de 23 anos, foi encontrado com vida ao princípio da noite de domingo, a cerca de 15 quilómetros da zona onde ficou o carro.
Eram cerca de 20 horas quando foi abordado por um residente em Barca d´Alva, numa zona entre esta localidade do concelho de Figueira de Castelo Rodrigo e Freixo de Espada à Cinta. «O popular encontrou o jovem e alertou de imediato a GNR. Aparentemente estava bem de saúde, mas foi encaminhado para uma unidade de saúde da região para exames», disse o major Cunha Rasteiro, relações públicas do comando territorial da Guarda, acrescentando que a vítima afirmou «não se recordar do acidente, nem de mais nada». Ao final dessa tarde, após um dia inteiro de buscas nas margens e no leito daquele afluente do Douro, as autoridades tentavam confirmar a informação de que o jovem teria sido visto a caminhar ao longo da linha de comboio, que está desactivada em direcção a Barca d’Alva e ao Pocinho, a cerca de 10 quilómetros do local do acidente. A pista acabou por dar frutos.
«O rapaz terá sido visto, a pé, já na tarde de sábado. Provavelmente, fugiu do local com receio da família», admitiu Aníbal Carvalho, comandante dos bombeiros de Vila Nova de Foz Côa. Márcio, residente em Viseu e com familiares naquela cidade, viajava sozinho quando se despistou, tendo abandonado o local. Para trás deixou o telemóvel e «nenhum vestígio que permita admitir que tenha saído ferido do veículo», referiu Cunha Rasteiro.
Nas buscas participaram perto de 30 elementos da GNR e dos bombeiros locais, apoiados por um helicóptero durante a manhã, sete viaturas, um bote e quatro equipas de binómios (homem/cão) da GNR, sendo duas de busca e salvamento do sub-agrupamento de montanha instalado na Serra da Estrela.
Luis Martins 
