Não é todos os dias que um museu desafia os seus visitantes a desenhar uma das obras expostas. Será assim em Gouveia a partir de terça-feira e até 27 de setembro, período em que o Museu Abel Manta vai disponibilizar o material necessário para qualquer um desenhar, a carvão, pastel ou sanguínea, o quadro que mais lhe agradar.
O resultado dará origem a uma exposição que ficará patente até ao final do ano, adianta a instituição. O museu abriu portas em 1950, mas só 35 anos depois passou a chamar-se Museu Municipal de Arte Moderna Abel Manta, em homenagem ao pintor modernista gouveense (1888-1982). Instalado no antigo solar dos Condes de Vinhó e Almeida, que a autarquia adquiriu para o efeito, acolhe mais de duas dezena de obras de Abel Manta, doadas pelo seu filho, que ilustram as diversas influências que o artista sofreu ao longo de toda a sua vida. Lá estão quadros como “Homem do Cachecol”, “La Servante”, “As Maças”, “Homem com Capacete”, ou os dois auto-retratos do pintor, o primeiro datado de 1912. Mas há mais de uma centena de telas para ver neste pequeno museu dedicado ao movimento modernista na pintura portuguesa. Os destaques vão para obras de Sá Nogueira, Menez, Joaquim Rodrigo, Manuel Baptista, Vieira da Silva, Júlio Resende, Júlio Pomar e Paula Rego, entre outros.
