Presidentes de Junta eleitos pelo PS e PSD, militantes e dirigentes dos dois partidos, professores, funcionários da Câmara e cidadãos anónimos encheram hoje a sede de campanha de Virgílio Bento, na Rua Marquês de Pombal, para ouvir o candidato dizer que concorre à Câmara da Guarda como independente.
Entre os presentes destacaram-se Manuel Rodrigues, presidente da concelhia do PSD, o médico João Correia, líder demissionário do grupo parlamentar do PSD na Assembleia Municipal, Jorge Fonseca, provedor da Santa Casa da Misericórdia, Vítor Santos, vereador da Câmara, o empresário José Prata e mais de uma dezena de presidentes de Junta. Após anunciar que se desvinculou do PS e dos cargos na concelhia local, Virgílio Bento disse querer liderar um conjunto de pessoas com «um sonho para a Guarda» e que pretende iniciar «um ciclo novo, que dê continuidade ao que de bom tem sido feito».
Nesse sentido, adiantou três objetivos da sua candidatura. Um deles assenta numa visão de cidade «polo de serviços e de desenvolvimento turístico regional», outro aposta na Guarda como de centro de logística e de indústria qualificada e o terceiro na diversificação da economia rural. «Não estamos numa época de prometer outro mundo, mas tão só de valorizar o mundo que temos», declarou o candidato, adiantando que também quer continuar a requalificação urbana da Guarda.
Virgílio Bento aludiu ainda à candidatura de José Igreja, sem a citar, dizendo que «os últimos meses revelaram uma candidatura fechada sobre si mesmo e, pior, a querer renegar os princípios basilares do PS». O candidato acrescentou que, «ao contrário de outros, nunca procurei fingir que nada tinha a ver com o passado [do PS na Câmara]» e que a sua ação cívica, autárquica e política «nunca foi exercida na sombra».
A terminar, e respondendo aos jornalistas, afirmou não ser responsabilidade sua «se a unidade [com José Igreja] não se construiu» e esclareceu que não se comprometeu «com o prazo de 48 horas» para um hipotético entendimento com o candidato socialista.