«O que está a dividir o eleitorado são as atitudes de pessoas com responsabilidades partidárias e não a minha hipotética candidatura», considera Virgílio Bento, que poderá anunciar brevemente que avança como independente à Câmara da Guarda.
O atual vice-presidente da autarquia escusa dizer se os destinatários desta frase são José Igreja, os seus apoiantes e Nuno Almeida, mas insiste que «é o que dizem e o que fazem que afasta o eleitorado do PS». Nessas circunstâncias haverá espaço para a sua candidatura, até porque «há muita gente da sociedade, presidentes de Junta», a pedir-lhe que concorra. Virgílio Bento confessa-se «surpreendido com este apoio», que entende como o «reconhecimento» pelo que fez na Câmara e como «um sinal de confiança», pelo que admite que «isto não me pode deixar indiferente». Contudo, a decisão final ainda não está tomada: «Tudo é possível. O certo é que decidirei de forma solitária, responsável e consciente, tendo sempre em conta o que for melhor para a Guarda e para as pessoas», garante.
E quando isso acontecer vai suspender a militância. Virgílio Bento diz conhecer «as consequências» se avançar, mas sublinha que não será ele «o único responsável» por um resultado menos bom do PS. «Depois das diretas não tive qualquer contacto com José Igreja ou com os seus apoiantes, estou completamente à margem», lamenta. Entretanto, a estratégia do PS para a maior Junta de Freguesia do concelho, a da cidade, já não vai contar com José Manuel Brito. O atual autarca de S. Vicente vai apresentar-se a sufrágio como independente, tendo já suspendido a militância.
