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Vila Cortês impotente para travar Castrense

Equipa do concelho da Guarda foi afastada da Taça de Portugal na primeira eliminatória

A expetativa era grande para a estreia do Vila Cortês do Mondego na Taça de Portugal, até porque o sorteio ditou um adversário que também milita nos Distritais. No entanto, cedo se percebeu que os alentejanos do Castrense tinham outros argumentos que o resultado final (2-4) espelha.

Rui Nascimento fez alinhar de início quatro reforços e apenas tinha dois jogadores de campo no banco frente à equipa do Distrital de Beja que, na época anterior, jogou na IIIª Divisão. Logo aos 5’, as poucas dezenas de adeptos presentes no Municipal da Guarda, casa emprestada do Vila Cortês, viram Necas evitar o primeiro golo dos visitantes ao defender o remate de Zé Manuel. Dado o primeiro aviso, o avançado do Castrense marcou mesmo aos 15’, num cruzamento/remate aparentemente inofensivo. Os locais não reagiram e quase sofreram o segundo aos 24’, quando Pázinho rematou de fora da área à trave. No mesmo minuto, Zé Manuel apareceu mais uma vez isolado, mas Necas voltou a defender bem.

O Vila Cortês ia tentando reagir e, aos 33’, o reforço Marcelo teve uma excelente jogada individual na área e rematou para defesa de Eduardo Barão. A bola sobrou para Rui Santos, que atirou contra Pedro Lança. O árbitro entendeu que o jogador tinha cortado a bola com o braço e mostrou-lhe o vermelho. Chamado a marcar, Rui Santos reestabeleceu a igualdade. Empatados e a jogarem com mais um, pensou-se que os anfitriões poderiam assumir o controlo do jogo. No entanto, quatro minutos depois, o Castrense voltou a marcar, por Pázinho, que desviou para a baliza deserta após uma falha de Necas e Ricardo Russo. Antes do intervalo, a equipa do concelho da Guarda criou uma boa ocasião mas Gaspar não conseguiu dominar a bola na pequena área após assistência de Rui Santos.

A segunda parte começou da pior forma para o Vila Cortês, pois o recém-entrado Ricardo Amaro fez o 1-3 depois de passar por Vasco. O Castrense não se ficou por aqui e, apesar de jogar em inferioridade numérica, chegou ao 1-4 aos 62’, num corte infeliz de Márcio que introduziu a bola na própria baliza. Passados dois minutos, Rui Santos foi derrubado na área por um defesa visitante e o árbitro assinalou nova grande penalidade, que o jovem avançado se encarregou de converter. A partir daqui, o jogo entrou numa toada mais lenta com os visitantes a controlarem quase sempre as tentativas de ataque do Vila Cortês. A arbitragem de Luís Cruz fica manchada pela marcação do primeiro penálti que, na nossa opinião, não existiu.

No final, Rui Nascimento reconheceu que houve «falta de atitude em determinados momentos» frente a uma equipa «mais forte» e com jogadores «muito experientes». O técnico do Vila Cortês lamentou ainda não ter podido utilizar três atletas por diferentes motivos, tendo adiantado que os objetivos para esta época são «ficar nos três primeiros lugares do Distrital» e chegar novamente à final da Taça de Honra. Pelos visitantes, Mário Tomé ficou «muito satisfeito» por passar à segunda eliminatória e afirmou que o Castrense quer ser campeão distrital de Beja.

Ricardo Cordeiro O jovem Vendeiro, à esquerda, foi um dos quatro reforços do Vila Cortês que jogou

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