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Video mapping anima madeiro de Natal na Guarda

O INTERIOR quis conhecer os bastidores do espetáculo de vídeo que vai “invadir” a Praça Velha esta tarde

Já conhecemos o quinteto de outras paragens: foram eles que deram “corpo” ao espetáculo de vídeo nos balcões da Praça Velha no último espetáculo do “Julgamento e Morte do Galo do Entrudo”, e são eles que têm explorado a arte do video mapping na Guarda. Voltam a fazê-lo esta tarde, no âmbito do tradicional madeiro de Natal, em plena “sala de visitas” da cidade, onde personagens incontornáveis e sons inesperados prometem encher de vida o Solar dos Póvoas. A criação é de Hugo Moreira, João Pires, Pedro Baía, Daniel Saraiva e Américo “Meca” Figueiredo, sendo a iniciativa organizada pela Câmara da Guarda, NERGA – Associação Empresarial e Associação Comercial da Guarda.

Entre as “telas” consideradas contavam-se o edifício dos antigos Paços do Concelho e a fachada que integra a loja Oliva, mas a escolha recaiu sobre a sede da Junta da Guarda. «Achámos que era o edifício mais interessante», diz Hugo Moreira, acrescentando que «é também uma maneira de dinamizarmos e darmos cor» ao imóvel. Sem querer desvendar todas as surpresas reservadas para o espetáculo, o criativo adianta que «o nosso objetivo é brincar um pouco ao Natal, aproveitando para fazer rir as pessoas. Filmámos o nosso Pai Natal em fundo verde e há “voz-off”, queremos criar risos e interação, vai ser um video mapping diferente», antecipa. Contudo, nada pode falhar hoje e a posição das janelas e particularidades da fachada foram pensadas ao pormenor: «Quando filmámos em fundo verde tivemos de fazer uma direção de atores porque o Pai Natal tem de andar de “gatas”, levantar a mão até um certo pronto, entrar ou sair e tudo isso tem de ser bem medido», refere Hugo Moreira.

O responsável da Zero Graus Produções salienta que as principais dificuldades são técnicas, uma vez que é preciso que todos os conteúdos criados encaixem no sítio. «Temos de coser projetores, medir, saber que para uma fachada de 40 metros temos de os ter àquela distância e contar com a distorção da lente», adianta. A obra, essa, está sempre inacabada: «Acaba sempre no dia porque somos tão picuinhas que queremos sempre acrescentar qualquer coisa», refere. Para chegar ao resultado final, a equipa trabalha em várias plataformas, como fotografia, after effects, vídeo ou arquitetura. «É tudo criado de início e passamos um pouco por todos os softwares, desde a edição de fotografia ao cinema 4D, entre outros», refere Hugo Moreira, que é formado em cinema. Nesta altura só quatro destes elementos estão na cidade, mas “Meca”, que está a trabalhar no Qatar, também contribuiu para o video mapping que será apresentado ao final da tarde e cuja produção começou há cerca de duas semanas. Pode encontrar mais trabalhos deste grupo em www.zdk.pt.

Sara Quelhas Grupo desenvolveu o video mapping apresentado no Julgamento do Galo

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