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Video in Print

Mitocôndrias e Quasares

Cada dia que passa a sociedade da comunicação e informação apresenta novas ferramentas que nos permitem avançar um passo mais. Um dos casos mais recentes e que começa a chegar agora ao mercado europeu é o “video in print”. Inicialmente desenvolvido por uma empresa norte-americana, esta ferramenta permite desfilar num papel vídeo e som.

Trata-se de uma ferramenta disponível em ecrãs de 2,4’’ e 4,1’’ (cerca de seis e dez centímetros, na diagonal), mas, a Ameriship, empresa norte-americana que desenvolve a plataforma, está a estudar uma solução com dez centímetros. O Video in Print permite a personalização de mensagens num vídeo com a duração de até 120 minutos, com a possibilidade de utilização máxima de cinco botões de selecção de conteúdo. Com uma pequena porta USB incorporada, permite fazer o download dos conteúdos, assim como o seu recarregamento. Para já ainda não é possível aplicar numa simples folha de jornal, mas essa solução já está em desenvolvimento.

O Video in Print poderá vir a ser uma ferramenta comunicacional muito interessante para a Ciência, na sequência de muitas outras que têm surgido recentemente e onde se destacam por exemplo as comunidades virtuais da Web

Estas comunidades virtuais encontram na Web mais do que uma tecnologia para o acesso e a transmissão de informação de forma que a Web constitui um meio para a construção e transformação da informação em conhecimento. Uma vez que, por um lado, o indivíduo tem acesso à rede de informações e, por outro, porque é um instrumento que permite a contextualização do conhecimento.

Desta forma, a recente explosão de atenção multimediática que envolve sistemas de informação e redes telemáticas trouxe consigo dois conceitos que se transformaram em buzzwords: o multimédia, definida como a possibilidade de ter acesso a vários média dentro de um ambiente experimental e a interactividade, referida com a capacidade para fornecer informação como resultado da introdução de dados, isto é, a capacidade para mudar o raciocínio do utilizador, de o interromper e o propiciar situações inesperadas. A conjugação entre estes dois conceitos pode permitir criar artefactos e tecnologias que oferecem a possibilidade de modelar a cognição ao nível do indivíduo.

Um exemplo, são as ferramentas disponibilizadas pelas Web 2.0. que permitem o desenvolvimento de agentes dedicados que possam desenvolver e estender as capacidades cognitivas. A utilização das ferramentas na promoção da literacia científica é um instrumento cognitivo que possibilita criar ambientes virtuais onde os indivíduos participam na construção do seu conhecimento, um “hands-on” virtual com o ritmo próprio de cada indivíduo, fundamental para uma boa assimilação dos conteúdos. O potencial destas ferramentas está assim na sua possibilidade para promover os processo de inovação e colaboração dentro da comunidade online, permitindo a utilização do conhecimento e da informação para gerar mais conhecimentos.

Por: António Costa

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