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Vida nova para a bebé do ano

Governo Civil da Guarda e Câmara de Figueira de Castelo Rodrigo vão construir nova casa, numa obra que deve contar com ajuda do Governo

Ficou célebre por ter sido a primeira bebé portuguesa a nascer em 2011. No seio de uma família pobre, as condições precárias em que vive com os pais e com as duas irmãs numa pequena aldeia do concelho de Figueira de Castelo Rodrigo não passaram despercebidas ao Governador Civil da Guarda, que sensibilizou a autarquia e o Ministério da Segurança Social e do Trabalho.

Quatro meses depois, a pequena Diana e a sua família podem estar a caminho de uma vida melhor e, se tudo correr bem, o Natal de 2011 e o primeiro aniversário da bebé já serão passados numa habitação condigna. «Reunimos com o proprietário, que concordou com o projeto e assinou a declaração de aceitação das obras, e vamos iniciá-las a curto prazo». Esta é a convicção de Santinho Pacheco, depois de uma reunião na semana passada com a ministra da Segurança Social e do Trabalho, Helena André. Antes do referido encontro, a autarquia de Figueira de Castelo Rodrigo tratou de todo o projeto de recuperação daquela que não é mais que uma casa improvisada a partir de uma garagem, em Escarigo, onde mora a família, agora de cinco elementos. O orçamento das obras é de 27 mil euros, valor que inclui toda a recuperação e reconfiguração do espaço, mobiliário e todos os bens que compõem uma habitação condigna.

«Do gabinete da ministra ficaram de me dar uma resposta até ao final deste mês para o financiamento dos trabalhos e depois reunirei com a Câmara de Figueira de Castelo Rodrigo para pormos em marcha as obras», adianta o Governador Civil. «Estamos a tentar que a maior “fatia do bolo” seja comparticipada pelo ministério, mas se tivéssemos uma comparticipação de 50 por cento já não haveria problema, o resto saberíamos como arranjar», assegura Santinho Pacheco. O responsável prevê que os trabalhos arranquem «entre Maio e Junho», sendo que a sua conclusão «não deverá andar longe do final do ano, até porque o espaço é muito pequeno e a empreitada será executada com o tempo bom». Enquanto durarem as obras, a família irá para uma casa em Escarigo. Relativamente ao apoio, «não pode vir nem para a autarquia, nem para o Governo Civil, nem para os proprietários. Terá de ir para uma instituição, que poderá ser a Caritas ou uma IPSS de Escarigo, por exemplo para poder ser atribuído. Mas o mais importante não são os caminhos, é a meta», declara.

De resto, a intervenção parece imparável e nem o atual estado de instabilidade política e de contenção parecem constituir-se como entraves para a resolução do caso. «Espero que, independentemente dos resultados eleitorais, eu ou outra pessoa não deixemos de lutar por um objetivo social e que não tem nada de eleitoralista. Acredito na boa vontade das pessoas que vão analisar a situação», sublinha Santinho Pacheco.

Rafael Mangana A pequena Diana é o quinto elemento de uma família pobre de Escarigo

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