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Victor Cavaleiro

Presidente do departamento de Engenharia Civil e Arquitectura

A completar quase “meio século de vida”, Victor Cavaleiro (natural do Sabugal), presidente do departamento de Engenharia Civil da UBI, optou pela universidade após uma passagem de quatro anos pelo Instituto Politécnico da Guarda (IPG). O «desafio» de dar aulas na universidade foi mais «aliciante» e «estimulante» do que a carreira no politécnico, confessa.

Docente da UBI há cerca de dez anos, Victor Cavaleiro defende «não uma junção, mas uma complementaridade» entre a UBI e os politécnicos da Guarda, Castelo Branco e outros pólos de instituições privadas. «Há espaço para todos, mas que não tenham valências idênticas às das universidade», explica, pois só assim se poupam esforços e recursos económicos. «Faz sentido haver um curso de Engenharia Civil na Guarda, em Castelo Branco e na Covilhã, mas não a duplicação de esforços. Se tivermos aqui uma valência em estruturas ou hidráulica, não fará sentido o IPG e o IPCB terem o mesmo canal», justifica. Para além disso, recorda que o curso de Engenharia Civil da UBI é o único das três instituições que é reconhecido pela Ordem dos Engenheiros, o que garante à UBI estar entre as «primeiras cinco escolas do país» em Engenharia Civil. «Por isso temos sempre mais alunos que as vagas disponíveis», refere.

Já os vários prémios e distinções que a universidade conseguiu alcançar através de docentes e alunos nos últimos três anos, caso dos prémios Secil Engenharias e Secil Universidades, ou a atribuição do melhor estágio a um licenciado da UBI, comprovam, na sua opinião, a qualidade do ensino ministrado. «A única coisa que posso desejar é continuar este rumo saudável», espera. Um sucesso que Victor Cavaleiro atribui sobretudo aos professores estrangeiros que trabalham no departamento. «É um luxo qualquer universidade ter no seu corpo docente alguém como o professor Kowalczyk, uma referência em todo o mundo». A nível regional, o professor não tem dúvidas que a «massa crítica» da UBI proveniente do distrito da Guarda poderia ser «de máxima utilidade para o IPG». Mas, na sua opinião, é difícil captá-la. «Esta gente que está aqui hoje e com graduações elevadas, não poderia estar no IPG porque a carreira do politécnico não era tão aliciante na altura. A universidade era um desafio que então se colocava, pelo que se ela estivesse na Guarda, estariam todos lá», garante.

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