A propósito dos 95 anos do nascimento de Vergílio Ferreira (1916-1996), que se assinalam amanhã, a Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço, na Guarda, promove, ao final da tarde, uma tertúlia sobre a obra do romancista natural de Melo (Gouveia).
A sessão inclui a apresentação do livro “As polémicas de Vergílio Ferreira”, de Jorge Costa Lopes, editada pelo Difel em 2010, e que valeu ao autor o Prémio de Revelação APE/IPLB 2005 na categoria de ensaio literário. Este trabalho aborda um dos capítulos menos estudados, até ao momento, da vasta bibliografia vergiliana, precisamente o das polémicas protagonizadas pelo autor de “Estrela Polar” e “Manhã Submersa”. Adolfo Casais Monteiro, Alexandre Pinheiro Torres, um muito jovem estruturalista e neo-realista Eduardo Prado Coelho, Carlos Maia (pseudónimo do cónego de Évora, José Augusto Alegria), Mário Castrim, Baptista-Bastos, entre outros, são alguns dos contendores destas controvérsias literárias com Vergílio Ferreira. Depois, Alípio de Melo, Jorge Costa Lopes e José Manuel Monteiro falam sobre o romancista e os seus livros.
Já esta noite, a Casa Municipal da Cultura de Seia exibe, em sessão especial, o filme de Lauro António “Manhã Submersa”, que completa agora 30 anos. Trata-se de uma adaptação do romance homónimo de Vergílio Ferreira e descreve o despertar para a vida de uma criança de 12 anos, que deixa a aldeia serrana natal para estudar no seminário. Nesta viagem, o jovem descobre-se a si próprio e ao mundo que o rodeia, como as desigualdades sociais, o desejo do seu corpo em formação, a amizade e o amor. A interpretação é de Eunice Muñoz, Vergílio Ferreira, Jacinto Ramos, Canto e Castro, Joaquim Manuel Dias, Adelaide João.
