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Vendas de azeite aumentam no Natal, mas não muito

Produtos de qualidade foram os que mais cresceram

Alguns dos lagares da região conseguiram aumentar as vendas de azeite na quadra natalícia. É o caso da Penazeites – Azeites Tradicionais, Lda, que registou um crescimento de «50 por cento» e apenas nos «mercados nacionais», assegurou a “O Interior” Alfredo Ferreira. Uma subida que o administrador do lagar de Penamacor já esperava, visto que as vendas de azeite aumentam sempre nesta época.

Por enquanto, e apesar do lagar ainda se encontrar em laboração, Alfredo Ferreira perspectiva um ano auspicioso para a empresa. Isto porque a Penazeites continua empenhada em conquistar os mercados internacionais. Só no último ano, para além de ter reforçado a presença no mercado brasileiro com os azeites “Marquês de Marialva” e o kosher “Ribeiro Sanches”, este lagar “voou” também para os Estados Unidos, Canadá, Holanda e, mais recentemente, para Bruxelas. A conquista do mercado belga ainda está no início, mas tudo leva a crer que será bem sucedida, pois a Penazeites conseguiu «consumar a sua primeira venda» naquele país. Já Renato Amador, da Cooperativa Agrícola dos Olivicultores do Fundão, considera que a «ligeira subida» das vendas em Dezembro «não é muito significativa» e é bastante «frequente» durante os três meses de laboração do lagar. Por isso, o gestor destaca sobretudo o aumento da procura de azeites de qualidade.

«Os consumidores já deixaram de comprar “gato por lebre” e preferem um produto de qualidade», garante, lembrando que este ano, apesar da pouca quantidade produzida por causa da seca, há azeites com muita qualidade. Facto que tem levado a um aumento dos preços, embora sem se reflectir ainda no consumidor final. Para a Associação dos Produtores de Azeite da Beira Interior (APABI) – que representa 40 associados olivicultores e 44 lagares das Beiras Alta e Baixa -, a procura nesta quadra manteve-se «mais ou menos igual a 2004», referiu Ana Domingos, que destaca o crescimento dos azeites de qualidade, nomeadamente os DOP (Denominação de Origem Protegida). «Os que tínhamos da campanha anterior de quatro lagares esgotaram», revela, referindo-se nomeadamente aos azeites da Cooperativa dos Olivicultores do Fundão, entre outras.

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