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Venda do edifício Segurança Social é uma «perfeita asneira»

PS da Guarda denuncia intenção do actual Governo, que quer serviços públicos como arrendatários de um imóvel do Estado

O PS da Guarda manifestou-se terça-feira contra a venda do edifício da Segurança Social da cidade, aprovada pelo Governo, que considerou «pior do que negócios de merceeiro». A venda daquele imóvel, situado no centro da cidade, está prevista na lista de 65 prédios que o Governo pretende vender em todo o país. O documento aprovado em Conselho de Ministros refere a adjudicação por ajuste directo e autoriza os institutos públicos actuais proprietários dos referidos edifícios a tomá-los de arrendamento após a alienação. Norberto Gonçalves, dirigente do PS guardense, comparou a decisão do Governo a «contas de merceeiro», justificando que «o Estado promove a alienação do edifício e aconselha os serviços a arrendá-lo para os mesmos serviços». «É como eu ter uma casa minha, vendê-la, mas a seguir arrendar a minha casa à pessoa que ma comprou», exemplificou, em conferência de imprensa. Considerando que a decisão do Governo «não parece um negócio vantajoso no futuro», o dirigente frisou que, ao contrário do que aconteceu com outros imóveis do Estado, que já não eram utilizados, a venda do edifício da Segurança Social da Guarda não é a melhor opção para ajudar no combate ao défice das contas públicas. Até porque no próprio diploma governamental é referido que «os serviços devem lá continuar, não como proprietários, mas como arrendatários, o que é paradoxal e uma perfeita asneira», disse Norberto Gonçalves.

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