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Vencer eleições autárquicas é a prioridade do PSD da Covilhã

Na primeira reunião da comissão política desde as eleições de Julho, Joaquim Matias manifestou a vontade de continuar a ter a Câmara com Carlos Pinto

Vencer as eleições autárquicas de 2005 é o «objectivo número um» a desenvolver pela comissão política da concelhia social-democrata, encabeçada pelo vereador na Câmara da Covilhã, Joaquim Matias, para que o município volte a ser gerido pelas cores laranja.

«Temos consciência que a Câmara da Covilhã tem desenvolvido um excelente trabalho e com certeza que vamos conseguir um excelente resultado», disse Joaquim Matias, após a primeira reunião da comissão política realizada na última segunda-feira, eleita a 27 de Julho passado, manifestando a vontade de «conseguir tantos votos como aqueles que conseguimos nas últimas eleições autárquicas», em que o PSD conseguiu atingir uma maioria absoluta. Defendendo a continuação do social-democrata Carlos Pinto na Câmara da Covilhã, que também integra a presidência da mesa da assembleia-geral daquela comissão política, Joaquim Matias não conteve a admiração por aquele “dinossauro” político, que desde 1998 ocupa a cadeira do poder após ter reconquistado a Câmara aos socialistas. «A população vota nas pessoas que concorrem e Carlos Pinto é um homem de muito trabalho e dedicação. É um homem com “H” grande», disse. «Todos sabem que o meu candidato preferido é Carlos Pinto e todos [os sociais-democratas da comissão política] serão unânimes em dizer que o candidato é Carlos Pinto. A maioria da população gostaria de o ver à frente do município», acrescentou, exemplificando com o grande crescimento e desenvolvimento da Covilhã nos últimos seis anos. E aí aproveitou para “atacar” o mandato do seu antecessor, o socialista Jorge Pombo. «Em quatro anos perderam-se milhares de contos», criticou, referindo-se concretamente ao não aproveitamento dos fundos comunitários para desenvolverem a cidade.

Contudo, o líder da concelhia “laranja” não descura a hipótese de Carlos Pinto não se recandidatar, tendo em conta que o autarca ainda não se pronunciou sobre o assunto. «Entendo que não queira continuar, porque um percurso como o dele é extremamente desgastante», assentou, mantendo, no entanto, a esperança de que o edil faça «mais um esforço, no mínimo de quatro anos» para continuar a levar a cabo os projectos de desenvolvimento da “cidade neve”. Mas a não ser assim, a comissão política do PSD vai «começar a trabalhar» para arranjar um candidato à altura.

Sem adiantar, para já, substitutos à “cadeira do poder”, Joaquim Matias revela que o candidato terá que ser uma pessoa à semelhança de Carlos Pinto: «Com um conhecimento pormenorizado das pessoas com quem se deve falar, sobre a porta a quem bater, com os números de telefone institucionais e até pessoais». «É uma mais valia que a não existir é penalizador para o município da Covilhã», avisou.

Abertura à população

Outra das bandeiras a desenvolver por esta comissão política, composta essencialmente por jovens militantes na direcção, é «abrir as portas do partido» a toda a sociedade, frisou o presidente da concelhia. Assim, a comissão laranja pretende promover reuniões com todos os presidentes de junta de freguesia eleitos pelo PSD ou independentes que contaram com o apoio laranja (no total 26 das 31 freguesias da Covilhã), com dirigentes das diversas associações desportivas, culturais ou recreativas, com as escolas, com a Universidade da Beira Interior, hospitais, centros de saúde, entre outras entidades civis.

Para Joaquim Matias esta é também uma das formas de atrair para o partido mais militantes, principalmente aqueles que são simpatizantes dos “laranjas”. E isto para que a concelhia covilhanense seja a «primeira» em número de militantes. A ideia passa também pelo recenseamento dos licenciados que se encontram a desenvolver funções na Covilhã. «Temos 413 militantes e somos a segunda com mais militantes. Mas queremos ser a primeira, até porque a Covilhã é o concelho com mais população no distrito», justificou. As reuniões com os eleitos na autarquia covilhanense são outra pretensão da comissão política «não só para saber os projectos para o concelho, mas para fazer chegar as preocupações da população».

A luta por maior desenvolvimento da Covilhã, com a reivindicação ao Governo da criação de muitas estruturas essenciais para o concelho e para a região, é também uma das prioridades da nova comissão política. A melhoria nos investimentos e nas ligações ferroviárias e rodoviárias, como a ligação a Coimbra por auto-estrada e a criação do aeroporto da Covilhã são algumas das reivindicações a fazer «a quem de direito, seja qual for o partido no Governo». «Também pagamos impostos e vamos ser muito pragmáticos em reivindicar o que temos direito como cidadãos», sublinhou Matias.

Liliana Correia

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