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Vencedor do Prémio Literário Vergílio Ferreira conhecido em Março

Júri vai analisar 45 romances originais a concurso, vindos de Portugal, Espanha, França e Coreia

O Prémio Literário Vergílio Ferreira, atribuído pela Câmara de Gouveia, está de volta este ano e com um número recorde de obras a concurso. Ao todo, foram candidatados 45 trabalhos oriundos de Portugal, Espanha, França e da Coreia. Menos quatro que em 1998, quando se registou o maior número de inscritos neste galardão literário, que teve a aliciante de acumular o valor monetário não atribuído na edição anterior. O júri anunciará o vencedor do prémio 2003, dotado de cinco mil euros, a 1 de Março, aniversário do falecimento do escritor natural de Melo.

A categoria do Romance sucede aos Estudos Locais de Património, História e Cultura, tema em destaque em 2002, que não teve vencedor por falta de qualidade das obras a concurso. Segundo o regulamento, o Prémio Vergílio Ferreira assegura, em anos consecutivos, o concurso destinado a originais de Romance, Ensaio Literário sobre Vergílio Ferreira e Estudos Locais de Património, História ou Cultura do concelho de Gouveia. A entrega dos trabalhos terminou a 31 de Outubro, obras que estão actualmente a ser analisadas por um júri constituído por cinco personalidades de reconhecida idoneidade, uma das quais, que presidirá (Alípio de Melo), é indicada pela Câmara de Gouveia. Os restantes elementos são uma professora universitária especialista na obra de Vergílio Ferreira (Silvina Rodrigues Lopes) e um escritor (Liberto Cruz), sendo os dois últimos membros designados pela Associação Portuguesa de Escritores (José Correia Tavares) e pelo Centro Português da Associação Internacional dos Críticos Literários (Cristina Robalo Cordeiro). A decisão deverá ser unânime ou por maioria simples, não havendo lugar a menções honrosas. Em caso contrário, o júri poderá optar pela não atribuição do prémio se, também por unanimidade ou maioria simples, considerar que nenhuma das obras tem a qualidade exigida. Por outro lado, a autarquia de Gouveia reserva-se o direito de fazer editar em livro a obra premiada, numa tiragem a definir e pagando ao autor 10 por cento de direitos.

O Prémio Literário Vergílio Ferreira conta já conta com cinco edições, tendo apenas premiado até agora romances inéditos, porque houve poucas obras a concurso quando chegou a vez de premiar ensaios, para além do júri ter considerado que os trabalhos participantes não reuniam a qualidade exigida. Também a temática dos Estudos Locais, introduzida no ano passado por sugestão de Álvaro Amaro, actual presidente da Câmara, não foi bem sucedida. O romance foi, portanto, o único género a ser premiado até à presente edição. A madeirense Margarida Marques, com “Um Dia Depois do Outro”, foi a vencedora em 1998, Ascêncio de Freitas (Setúbal) e “A Reconquista de Olivença” foram galardoados no ano seguinte, enquanto “O Claustro do Silêncio”, de Luís Filipe Rosa (Alcobaça) mereceu a unanimidade do júri de 2001. Até agora, o prémio não foi atribuído por duas ocasiões, em 2000 e 2002.

Luis Martins

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