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«Vamos desenvolver atividades dirigidas aos locais e aos turistas»

Cara a Cara – Entrevista: Lino Torgal

P – Como é que o Clube Nacional de Montanhismo pretende conseguir fazer com que o Carnaval da Neve volte a ter dimensão nacional?

R – Essencialmente tentando criar um cartaz que seja apelativo, não só para quem reside na Covilhã, mas também para quem visita a Serra da Estrela nesta altura. É esse objetivo que temos para este ano e através de um cartaz forte, com artistas conhecidos, pensamos que será possível atrair pessoas, junto das unidades hoteleiras e dos equipamentos localizados nas zonas de maior afluxo turístico, para os eventos que vamos promover.

P – Tem uma estimativa de quantas pessoas poderão passar pela região durante os dias do evento?

R – Um número certo não tenho, mas serão uns milhares de certeza absoluta e contando com o número de dormidas que toda a região da Serra da Estrela tem, nunca serão menos de cinco/seis mil pessoas. Acrescento a este número todas as pessoas residentes, não só na Covilhã, mas também nas outras cidades da zona da Serra, e aí estamos a falar de uns milhares largos de pessoas. Se pudermos chamar às várias atividades do Carnaval da Neve pessoas de diversas faixas etárias e diferentes segmentos de mercado, penso que conseguiremos chamar aqui uns milhares de pessoas aos nossos eventos.

P – Porque é que este ano optaram por abdicar de apoios públicos na organização?

R – Em primeiro lugar, porque certamente que a disponibilidade seria muito menor do que em anos anteriores – temos a consciência que os dinheiros públicos são cada vez mais escassos e que não seria uma solução nem a curto, médio e longo prazo. Portanto, tentámos criar uma solução que não obrigue a essa necessidade de financiamento público. Penso que estamos a contribuir não só para garantir uma continuidade do programa, como também para não estarmos a usar dinheiros públicos para uma coisa que, provavelmente, poderá ser feita com recurso a iniciativas privadas e de outro tipo que não o financiamento público direto.

P – É possível fazer do Carnaval da Neve uma iniciativa rentável?

R – Penso que sim. Obviamente que este ano é uma iniciativa um pouco atrevida, mas penso que, com os números que neste momento já dispomos em termos de custo/cartaz e de apoios que já nos foram garantidos, vai ser possível que seja rentável e com alguma certeza.

P – O objetivo é conseguir ter motivos de interesse para diversos tipos de público durante os dias do evento?

R – Sim. O Carnaval da Neve começa no dia 3 de março, logo com um espetáculo essencialmente dirigido ao público universitário e a partir de sexta-feira desenvolvem-se uma série de atividades dirigidas a um público local e residente, como para os turistas que visitam a Serra. Se vierem passar mais que um dia à região encontrarão várias iniciativas de interesse. Haverá também uma Feira no centro da cidade, que será inaugurada na sexta-feira e que pretende chamar a atenção de quem circula na Covilhã de que há ali uma atividade em que estão presentes vários artigos e produtos de interesse regional, que são apelativos para que as pessoas parem no Pelourinho e deem uma volta. Neste local, haverá ainda informação das outras iniciativas realizadas no âmbito do Carnaval da Neve. Penso que vai ser uma iniciativa interessante para quem chega à Covilhã e provavelmente não sabe o que se irá passar nesses dias.

Lino Torgal

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