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Valente quer mais gente a lutar por causas na cidade

Sessão solene dos 812 anos da Guarda teve lugar no Centro Escolar da Sequeira e ficou marcada por vários recados

Falou de uma reorganização autárquica que não pode ser feita a regra e esquadro, de portagens que irão prejudicar o interior, de valências de saúde que não podem fechar, mas já quase no final do seu discurso, durante a sessão comemorativa dos 812 anos da cidade, Joaquim Valente deu a entender que nem todos estão a fazer o seu trabalho para desenvolver a região.

Na cerimónia realizada no domingo, no Centro Escolar da Sequeira, o presidente da autarquia questionou: «Apetece-me perguntar, olhos nos olhos, às proclamadas “forças vivas”, às associações empresariais, às instituições de ensino e aos nossos representantes nas diferentes esferas de ação política: Estaremos todos, mas mesmo todos, a fazer aquilo que nos compete?». Na opinião de Joaquim Valente, a dinâmica de uma comunidade «não deve começar nem acabar na autarquia». Nesse sentido, o autarca afirmou: «Gostava que fôssemos mais a lutar por estas causas». Ao longo do discurso foi destacando essas bandeiras. Começou por falar na reforma autárquica que prevê a agregação de freguesias. No seu entender, essa medida não faz sentido nas zonas rurais. «Não toleramos que nos redesenhem o mapa do concelho a régua e esquadro», sem ter em conta «as realidades que só a vivência permite sentir e perceber», afirmou.

Sobre as portagens, confessou a sua «desilusão», dizendo que são como «um castigo por termos alcançado aquilo que agora alguns acham que nunca merecemos». A discursar precisamente na freguesia de S. Miguel, Joaquim Valente falou também do tema Delphi, a fábrica de componentes automóveis que fechou em dezembro de 2010. Com «o maior empregador da região» encerrado, o edil garantiu que o executivo municipal está «a fazer tudo para demonstrar que existe um espaço privilegiado para a instalação de empresas na antiga Delphi». No entanto, não se mostrou disponível para aceitar uma solução: «A especulação imobiliária», afirmou. Exigir a conclusão das obras de remodelação da Linha da Beira Baixa até à Guarda e a defesa de todas as valências de saúde no Hospital Sousa Martins foram outras das promessas deixadas pelo autarca.

Centro Escolar da Sequeira foi inaugurado

Apesar de estar a funcionar desde o início do ano letivo, o Centro Escolar da Sequeira foi inaugurado no dia em que a cidade comemorou os seus 812 anos. A cerimónia contou com a presença da Diretora da Direção Regional de Educação do Centro, Cristina Oliveira, do executivo municipal e de centenas de crianças que frequentam a escola. «É um espaço que contempla, para além do ensino, outras faculdades essenciais para o desenvolvimento humano, como o convívio, a atividade física e desportiva e o contacto com novas plataformas do conhecimento», destacou o autarca, Joaquim Valente. Para João Prata, presidente da Junta de Freguesia de S. Miguel, o novo equipamento representa «a concretização de um anseio há muito esperado e reflete o crescimento desta parte da cidade».

Catarina Pinto Centro Escolar da Sequeira foi inaugurado

Comentários dos nossos leitores
antonio vasco saraiva da silva vascosil@live.com.pt
Comentário:
Sim, concordo com isso. Devemos todos fazer chegar uma manifestaçao de repúdio ao roubo que o governo central nos faz ao criar portagens nas scuts A23 e A25, não deixando alternativas à gente do interior. Mais grave ainda, essas scut foram feitas por cima daquilo que já existia, os antigos IP5 e 2. As gentes da Guarda devem sim lutar por esta e outras causas, pois vamos ficando mais isolados, força guardenses a luta continua.
 

Valente quer mais gente a lutar por causas
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