As dúvidas e interrogações sobre o nome do candidato do PS à Câmara da Guarda irão dissipar-se em breve. O INTERIOR sabe que Joaquim Valente não quer perder mais tempo, nem alimentar tabus. Depois de muita especulação sobre a sua disponibilidade ou não para se candidatar a um terceiro mandato, o presidente da Câmara da Guarda e militante socialista vai à sede do PS Guarda apresentar a sua decisão. Joaquim Valente não quer discutir o assunto na praça pública e considera que «é nos órgãos próprios do partido que a decisão deve ser apresentada», como nos disse fonte próxima do autarca. Por isso, no próximo dia 11, irá anunciar formalmente que não está disponível para um terceiro mandato.
Em 2005, Joaquim Valente ao candidatar-se pela primeira vez à presidência da Câmara da Guarda assegurou que era candidato a dois mandatos. Foi eleito por quatro anos e, em 2009, durante a campanha eleitoral, em que teve Crespo de Carvalho como adversário, repetiu até à saciedade que a intenção inicial se iria manter: ser presidente de Câmara por dois mandatos. Então, poucos pareciam acreditar que as palavras de negação da possibilidade de se candidatar a um terceiro mandato se viessem a confirmar. De resto, em junho passado, Nuno Almeida, depois de reeleito presidente da concelhia da Guarda dos socialistas, afirmava de forma lacónica que «enquanto Joaquim Valente não disser que não se recandidata, nos órgãos próprios do partido, o nome está encontrado». Era também um apelo, porque os socialistas, mesmo quando dizem que a máquina do PS está bem oleada e ganha com qualquer candidato, sabem que Valente é uma mais-valia eleitoral. Depois de três anos de especulações sobre se Valente iria manter a palavra e se retiraria após cumprir oito anos na cadeira maior da Guarda, o autarca, coerentemente, mantém que não está disponível para continuar. É essa decisão que Joaquim Valente irá transmitir à Concelhia do PS na próxima terça-feira.
José Igreja avança
Histórico do PS reúne apoios
A decisão de Joaquim Valente só chegará oficialmente à sede no próximo dia 11, mas o presidente da Câmara da Guarda já a transmitiu há muito aos seus mais próximos colaboradores e amigos. Aliás, mais do que informar, Valente foi-se limitando a confirmar o que disse em 2005.
Entretanto, e perante a manifestação inequívoca de Valente de não se recandidatar, internamente, vários nomes têm sido discutidos. Vítor Santos, vereador que foi eleito nas últimas eleições (era o quarto nome da lista de Valente), tem sido porventura o que mais insistentemente tem mostrado disponibilidade para avançar, mas sem conseguir grandes apoios. O próprio Virgílio Bento, vice-presidente da Câmara, em alguns momentos se terá mostrado disponível, mas, como nos garantiram, neste momento espera passivamente «o que irão fazer os demais camaradas». E enquanto outros fazem conjeturas, José Igreja vai somando apoios e deverá assumir, na reunião de terça-feira, que está disponível para liderar uma candidatura à Câmara da Guarda. O INTERIOR sabe que, neste momento, o conhecido advogado já terá a decisão tomada e só faltará comunicá-la oficialmente aos órgãos do partido. Recorde-se que José Igreja foi presidente da Assembleia Municipal nos mandatos de Maria do Carmo Borges e já desempenhou funções de autarca, como vereador de Abílio Curto, chegando mesmo a ocupar as funções de presidente da Câmara da Guarda, nos períodos em que Curto suspendia o mandato para ocupar o lugar de deputado à Assembleia da República (anos oitenta). Apesar de várias tentativas, até ao fecho de edição não foi possível falar nem com Joaquim Valente, nem com José Igreja.
Luis Baptista-Martins
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