Vale Glaciar precisa de mais votos para ser maravilha natural

Após cerca de 200 mil votos, registados no passado dia 7, o Vale Glaciar do Zêzere continua a precisar de um “forcing” para entrar na lista final das “7 Maravilhas Naturais de Portugal”. Nos primeiros quatro meses da votação pública, iniciada a 7 de Março, a candidatura mais votada na categoria dos “Grandes Relevos” é a da Paisagem Vulcânica da Ilha do Pico (Açores).

Segundo a New 7 Wonders Portugal, organizadora da iniciativa, se a votação terminasse nesse dia, as sete maravilhas naturais escolhidas seriam as Grutas de Mira D’Aire (Grutas e Cavernas); Lagoa das Sete Cidades (Zonas Aquáticas Não Marinhas); Portinho da Arrábida (Praias e Falésias); Paisagem Vulcânica da Ilha do Pico (Grandes Relevos); Parque Nacional da Peneda-Gêres (Zonas Protegidas); Arquipélago das Berlengas (Zonas Marinhas); e Paisagem Cultural de Sintra – Património da Humanidade (Florestas e Matas). No entanto, a votação só termina a 7 de Setembro (no site www.7maravilhas.pt, por SMS ou por chamada telefónica), pelo que ainda é tempo de dar um empurrãozinho ao assombroso vale da Serra da Estrela, no concelho de Manteigas. As candidaturas vencedoras serão apuradas pelo maior número de votos em cada categoria e não serão eleitas mais do que duas Maravilhas por região. As “7 Maravilhas Naturais de Portugal” são conhecidas a 11 de Setembro de 2010, numa cerimónia única a ter lugar na Ilha de S. Miguel, nos Açores.

Entretanto, o Vale Glaciar do Zêzere foi ontem o palco do programa da RTP “Verão Total”, numa emissão em directo de Manteigas durante todo o dia. O objectivo é promover o local, apelar ao voto da população e convidar os portugueses a visitar a zona. A ajudar à divulgação desta maravilha finalista está também a piloto Elisabete Jacinto, escolhida para “madrinha” da candidatura. Integrado no Parque Natural da Serra da Estrela e classificado como Rede Natura 2000, o Vale Glaciar nasce na Nave de Santo António e estende-se ao longo de 13 quilómetros até Manteigas, o que faz dele um dos mais extensos da Europa. Formou-se há mais de 20 mil anos a partir do movimento do gelo acumulado na calote gelada da zona da Torre. Em forma de U, inclui o incomparável Covão d’Ametade, no sopé do Cântaro Magro, os Cântaros Gordo e Raso (situados a 1.928 metros de altitude), bem como reservas biogenéticas de elevado valor natural e paisagístico. É também um local de pastorícia, cujas marcas são as levadas e as cortes, locais de abrigo para pastores e rebanhos construídos em granito nas encostas.