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Vale do Mouro é tesouro bem vivo

Sítio arqueológico, próximo da Coriscada, continua a ser fonte de importantes achados

Após 16 anos em Lisboa, António Moreira regressou às origens e, em 1999, aceitou liderar uma lista constituída por «um grupo de amigos» que ganhou as eleições para o Centro Sócio-Cultural da Coriscada com o intuito de reactivar a colectividade que estava «semi-parada». No entanto, apesar de se sentir «orgulhoso e satisfeito» com o trabalho realizado, assegura que não será candidato nas eleições que deverão acontecer em Dezembro de 2008, pelo que «alguém terá que continuar este projecto». Apontando, com um “brilhozinho” nos olhos, para as zonas que já foram intervencionadas, considera que as escavações arqueológicas do Vale do Mouro «não são uma perda de tempo, mas antes o procurar das origens da aldeia». Os motivos para terem apostado na arqueologia naquele sítio, que tantos tesouros tem revelado, prenderam-se, essencialmente, com «alguns vestígios» e também com «relatos dos nossos avós e de outros antepassados» que falavam na existência de três aldeias: Aldeia Rica, Gravato e Vale do Mouro. «Sentimos que havia aqui algo de bastante profundo, daí ter-me dedicado a isto de alma e coração. Tudo o que está à superfície, só por si, já valeu a pena, independentemente do que se vier a encontrar no futuro», assegura. Deputado na Assembleia Municipal de Mêda, o presidente do CSCC lutou para que o Vale do Mouro fosse considerado de interesse municipal e para o futuro já tem uma nova ambição: «Quem sabe se não poderá também ser considerado de interesse nacional?», vaticina, frisando que a colectividade «está aberta a dialogar com todas as outras instituições, até porque todos somos poucos para levar este projecto para a frente».

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