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Universidade do Minho estuda “velocidade segura” nas estradas

A definição da “velocidade segura” na circulação rodoviária, adequando a sinalética às reais condições da estrada e da sua envolvente, é o objetivo de um estudo desenvolvido pela Universidade do Minho (Uminho), revelou a instituição no início desta semana

«Há diversas situações em que a infraestrutura convida à prática de determinadas velocidades, que estão em contradição com a sua sinalização», referiu Paulo Pereira, presidente da Escola de Engenharia da UMinho e investigador principal do “SafeSpeed”. O projeto já está concluído e envolveu três fases: a estatística, a análise da velocidade e a definição de um modelo de apoio à decisão para a gestão da velocidade. Pretendeu desenvolver uma metodologia de gestão integrada de velocidade aplicável ao planeamento, ao design geométrico e operacional e à avaliação de desempenho de estradas. Tendo em conta uma série de ambientes que justificam a adoção de limites de velocidade diferentes e condições específicas de fluxo rodoviário, o objetivo aponta para um melhor conhecimento das interações entre todos os utentes e as próprias estradas e os seus ambientes de tráfego.

Com o fim de desenvolver uma ferramenta que defina limites de velocidade adequados, o estudo, que já foi alvo de referências em conferências e artigos nacionais e internacionais, tenta influenciar um novo paradigma de sinalização, no controlo da velocidade nas estradas. «É importantíssimo definir aquilo que é uma velocidade segura para cada um dos contextos», referiu Paulo Pereira. O “SafeSpeed” envolveu 13 investigadores do Centro de Território Ambiente e Construção e do Centro de Investigação em Psicologia (CIPsi), ambos da UMinho, o Centro de Investigação do Território, Transportes e Ambiente (CITTA) da Universidade do Porto e o Centro de Investigação em Engenharia Civil (CICEC) da Universidade de Coimbra. Contou ainda com a colaboração da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária e da Estradas de Portugal. As propostas do estudo vão ser disponibilizadas às autoridades nacionais responsáveis pela circulação rodoviária.

Universidade do Minho estuda “velocidade
        segura” nas estradas

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