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Uma voz à espera de ser ouvida

A jovem Inês de Castro está à procura da sua primeira oportunidade na música

O mundo da música e Inês, hoje com 19 anos, confundem-se com facilidade. Falar dela é contar a história do encontro com a sua voz, em frente ao espelho «como os garotos, mas foi quando me apercebi que tinha o timbre e era capaz, por vezes, de chegar a alturas que muitos não conseguem», disse Inês de Castro a O INTERIOR.

O primeiro contacto com a música aconteceu aos seis anos, nas aulas de guitarra: «Com a minha idade, o meu pai teve uma banda onde tocava guitarra e quando morreu a minha mãe inscreveu-me», recorda. «O professor incentivava-me a cantar enquanto os outros tocavam, mas eu achava que não era nada de especial», lembra. Contudo, quando a voz começou a estabilizar, perto dos 15 anos, Inês apercebeu-se do “bichinho” da música e alimentou-o. «Nunca tive aulas de canto», adianta, revelando que interpreta “covers” mas só «a música que fique bem na minha voz e não canto como o original». Além das atuações com amigos próximos, a jovem tem publicado vídeos nas redes sociais e a resposta é positiva: «As pessoas gostam muito e partilham», indica.

As músicas originais são um objetivo, mas ainda faltam alguns passos. Depois de ter sido chumbada no primeiro casting de um programa televisivo, Inês admite que tem receio de voltar a ouvir um “não”. «Já me inscrevi nos “Ídolos” e não fui porque acho que fazem por eles e não fazem por nós. Pensei participar na “Voz de Portugal”, só que falta-me um pouco de coragem», confessa, salientando que «lançar-me pela televisão era bastante bom». Apesar do otimismo, há um pensamento comum aos jovens que, como ela, procuram o seu lugar no mundo da música: «Vemos que na Guarda não há futuro e em Portugal também é complicado», lamenta. A terminar o 12º ano, Inês de Castro conta entrar para a universidade em breve e não vai esmorecer a vontade de construir uma carreira musical.

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