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Uma vitória vinda do banco

Souropires sofreu a bom sofrer para sair com os três pontos de Figueiró da Granja

O Souropires está de regresso ao primeiro lugar da tabela da Iª Divisão Distrital da Guarda, na companhia do Ginásio Figueirense. No entanto, a equipa de Paulo Batista foi obrigada a suar bastante para levar os três pontos do reduto do Figueiró da Granja, uma equipa que está a fazer um campeonato bastante tranquilo. Zé Tó, que saltou do banco aos 59’, acabou por ser decisivo ao apontar os dois golos da vitória, depois da equipa da casa se ter colocado em vantagem no marcador.

Nos minutos iniciais, o Souropires dispôs de um ligeiro ascendente territorial, mas a boa organização da equipa da casa e as reduzidas dimensões do pelado foram dificultando a sua tarefa. Que o digam os visitantes que apenas conseguiram criar perigo através de lances de bola parada. A primeira grande perdida aconteceu aos 10’, com Fernando Pinheiro a acertar em cheio na trave da baliza de Pedro Norte após um bom cabeceamento. Foi preciso esperar mais um quarto de hora para os comandados de Paulo Batista voltarem a estar perto do golo, mas o “chapéu” de Paulo Alves saiu curto e permitiu a defesa do guardião do Figueiró. Aos 33’, novo pontapé de canto para o Souropires e mais uma soberana oportunidade desperdiçada por Fernando Pinheiro. Quanto ao Figueiró da Granja, apenas por uma vez esteve perto de desfeitear o veterano Melo, mas o cabeceamento de Alfredo saiu fraco.

Na segunda metade, os homens de Nélson Melo entraram melhor e aproveitaram a ansiedade do Souropires, obrigado a vencer sob pena de se atrasar na luta pelo título. Aos 51’ e 55’, o Figueiró esteve muito perto de marcar, mas o remate rasteiro de Rui Pedro saiu à figura de Melo e, depois, Almeida, com a baliza completamente escancarada, cabeceou por cima. Entre estas duas jogadas, Vítor Camilo obrigou Pedro Norte a uma grande defesa. Até que aos 59’ a equipa da casa chegou mesmo ao golo, por intermédio de Daniel que, na marcação de um canto, atirou directo à baliza surpreendendo Melo, à espera do corte de um colega. Entretanto, Paulo Batista já tinha mexido na sua equipa, fazendo entrar Zé Tó e Fernando Koffy para os lugares dos apagados Paulo Alves e Tó Luís. Curiosamente, o golo consentido teve o condão de “acordar” o Souropires, que partiu então em busca da reviravolta no marcador. Aos 67’ Fernando Koffy, de livre directo, obrigou Pedro Norte a grande defesa que o outro Fernando, ainda de muito longe, esteve quase a aproveitar já que a bola ainda embateu na parte superior da trave. O Souropires jogava então com três homens “em cunha” na frente e adivinhava-se o golo, que surgiu aos 71’ após jogada de insistência muito bem concluída com um remate à meia-volta de Zé Tó.

Um minuto depois, Artur esteve perto de marcar mas viu Daniel cortar o lance em cima da linha. Aos 76’, Zé Tó confirmou que estava de “pé quente”, “fuzilando” a baliza do Figueiró após uma defesa incompleta do guardião. Até ao final da partida, os anfitriões exerceram alguma pressão junto da baliza de Melo, mas foi o Souropires que voltou a desperdiçar uma oportunidade, por Fernando Koffy, já em cima do último dos seis minutos de descontos concedidos pelo árbitro. Completamente isolado, o dianteiro rematou ao lado. O trio de arbitragem realizou um trabalho razoável, sem grande interferência no desfecho da partida. No final, Nélson Melo (Figueiró da Granja) sublinhou que o jogo correu «como esperava», considerando que a sua equipa desperdiçou «duas grandes oportunidades» antes do golo marcado e que houve depois «um certo descontrolo» por parte dos seus jogadores. Já Paulo Batista (Souropires) mostrou-se satisfeito com a vitória, reconhecendo as «dificuldades» impostas pelo adversário e que o golo sofrido pela sua equipa foi «uma injecção».

Ricardo Cordeiro

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