Com 22 anos a viver na Guarda recordo-me bem de, em criança, ir ao Mercado Municipal. Mas à medida que fui crescendo deixei de lá ir. Deixei de lá ir não só porque o mercado funcionava apenas na manhã de sábado (que eu aproveitava para dormir), mas também porque a degradação das condições passou a ser visível.
O novo executivo conseguiu levar a cabo uma requalificação do espaço dentro das condições da Câmara. Mas há que fazer um aviso: o mercado ainda não tem condições para atrair os mais jovens. Para isso precisa de melhores condições, nomeadamente ao nível do piso. Em entrevista a uma rádio local o senhor presidente da Câmara disse que ainda não sabia o que fazer com o espaço deixado livre pela concentração das bancas no rés-do-chão do edifício e que estava a aceitar sugestões. Bom, aqui fica uma. Considerando que o centro de incubação da ANJE nunca mais avança nem nunca mais se ouviu falar dele, porque não utilizar o primeiro andar do mercado para instalar um ninho de empresas?
A Câmara poderia disponibilizar o espaço, a título gratuito; a ACG fazer a seleção dos projetos em colaboração com o IPG (privilegiando projetos ligados a atividades tradicionais e nova tecnologias); e os projetos depois adaptariam o espaço às suas necessidades, criando uma estrutura representativa entre eles. Esta seria também uma forma de dinamizar o mercado durante todos os dias da semana e de atrair mais jovens. Assim, com zero custos para a Câmara se dinamizaria a economia do concelho. Fica a ideia, senhor presidente e a disponibilidade para ajudar no que for preciso.
* Título da responsabilidade da redação
Rúben Dias, carta recebida por email