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Uma obra-prima da arquitectura

Museu do Côa foi desenhado pela dupla de arquitectos portuenses Tiago Pimentel e Camilo Rebelo

O Museu do Côa desenvolve-se em quatro pisos que englobam auditório, serviço educativo, área administrativa, loja e salas expositivas. Construído no sítio de José Esteves, sobranceiro à foz do Côa no Douro, o equipamento passa também a ser o principal ponto de acolhimento do Parque Arqueológico do Vale do Côa (PAVC).

Desenhado pelos arquitectos Tiago Pimentel e Camilo Rebelo, o edifício estabelece uma forte interacção com a paisagem. No interior do segundo maior museu (em área) do país, o visitante pode contextualizar e ficar a conhecer a arte paleolítica descoberta nas margens do Côa, ao longo de cerca de 20 quilómetros – uma área considerada Património da Humanidade pela UNESCO. Lá estão vários achados daquele período, representações de gravuras e reconstituições a três dimensões de algumas rochas, com destaque para a verdadeira obra de arte paleolítica do Fariseu. Patente está igualmente uma exposição de arte contemporânea, intitulada “Gesto e Inscrição”. Trata-se de 38 obras da colecção da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD) criadas por nove artistas portugueses contemporâneos, nomeadamente Pedro Cabrita Reis, Fernando Calhau, José Pedro Croft, Julião Sarmento, Michael Biberstein; Alberto Carneiro, Carlos Figueiredo, Ângelo de Sousa e Francisco Tropa. As entradas custam 5 euros.

Os conteúdos científicos foram desenvolvidos pelo PAVC e por universidades portuguesas com as quais o Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR) estabeleceu protocolos: Universidades do Minho (Unidade de Arqueologia), de Lisboa (Centro de Estudos Geográficos da Faculdade de Letras) e Universidade Nova de Lisboa (Centro de Estudos Comunicação e Linguagem).

A empreitada e musealização custaram cerca de 18 milhões de euros, mais de metade dos custos inicialmente previstos para a localização da Canada do Inferno, onde a construção deste equipamento teria custado qualquer coisa como 30 milhões de euros, segundo o IGESPAR.

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