Álvaro Guerreiro foi, há dias, distinguido pela Liga dos Bombeiros Portugueses com a Fénix de Honra, numa cerimónia onde ficou evidenciado, até pelo elevado e diversificado número de presenças, o seu trabalho em prol do voluntariado.
Refira-se que a Fénix de Honra é a segunda mais alta distinção honorífica instituída pela Liga dos Bombeiros Portugueses e tem por finalidade – como diz o regulamento – galardoar a prática de atos e/ou serviços altamente relevantes, de carácter amplamente abrangente e de inquestionável apreço, com vista à dignificação e promoção da causa dos bombeiros e da proteção e socorro.
A entrega deste galardão foi um ato de justiça pelo trabalho que este guardense – dispensa apresentações – tem desenvolvido em prol do voluntariado, dos bombeiros, não só da Guarda e distrito mas outrossim do país, mercê do seu contributo como jurista para o atual quadro legislativo na área em apreço; esta última faceta, pelo labor de bastidores e atividade individual, nem sempre tem merecido a devida e justa divulgação mas é merecedora deste sublinhado.
A dedicação de Álvaro Guerreiro aos bombeiros, à causa do voluntariado, não é recente; aliás na linha de antecedentes familiares (emergente até na paixão pelo Direito e pela advocacia).
Ainda jovem recém-licenciado, e regressado à sua terra natal para aqui iniciar as suas tarefas profissionais na área da advocacia (e também uma empenhada intervenção na área da radiodifusão sonora e da imprensa, consubstanciada na Rádio Altitude e no “Notícias da Guarda”, além de muitas outras atividades subsequentes e sobejamente conhecidas), Álvaro Guerreiro era já um entusiasta pela atividade dos “Soldados da Paz”, expressão muito mais em voga do que na atualidade.
Recordamos, dessa altura, o seu interesse pela história do voluntariado, pela simbologia associada aos bombeiros – na nossa memória está a ainda a satisfação com que nos apresentou o velho Jeremias, um simpatiquíssimo boneco impecavelmente fardado de bombeiro, com uma expressão bonacheirona que despertava um largo sorriso – a sua sensibilidade pelas expressões solidárias, o gosto em servir, desinteressadamente, a comunidade, a sua irrepreensível postura cívica e um sentido de humor que o continua a caracterizar.
O percurso que Álvaro Guerreiro tem feito no plano do voluntariado é elucidativo e fala por si, mormente o seu trabalho como dirigente, ao nível da Associação Humanitária dos Bombeiros da Guarda e da Federação Distrital de Bombeiros; o mesmo se poderá dizer da sua colaboração com a Liga dos Bombeiros Portugueses e Escola Nacional de Bombeiros.
E a propósito desta Escola (onde é presidente da Assembleia Geral), e da atividade formativa que é indispensável, Álvaro Guerreiro dizia, recentemente, que «hoje em dia para se ser bombeiro, seja de que classe for, é preciso ter formação certificada», acrescentando que “só salva, quem sabe salvar”.
Nesta expressão está implícito todo um intenso trabalho, não visível publicamente, onde este cidadão tem tido um relevante contributo que merecendo a gratidão dos voluntários deve ser igualmente apreciado pela sociedade em geral, beneficiária da intervenção dos bombeiros nos mais variados cenários.
Se a Fénix de Honra atribuída a Álvaro Guerreiro pela Liga dos Bombeiros Portugueses é uma lídima expressão de reconhecimento no insubstituível e importante quadro do voluntariado, deve ser também apreciada e valorizada pela comunidade local e regional na medida em que é uma personalidade que honra a Guarda.
Parabéns, Álvaro Guerreiro!
Por: Hélder Sequeira