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Um Valente medroso já derrotado

Quando, há dias, na caixa do correio, encontrei o desdobrável de Valente dirigido ao “Prezado Concidadão” disse para os meus botões: “Que grandecíssima maçada!!”. Do mesmo modo reagirei quando aparecer o dessa “surrealista” candidata que é Ana Manso – e isto que fique, desde já, absolutamente claro. Mais. Humanamente ambos me merecem a melhor consideração.

E a maçada foi de tal ordem que só passados bons pares de dias o abri. Pior. A frustração superou todas as expectativas.

Com efeito, o conteúdo é um conjunto de estafados e circunstanciais lugares – comuns que, obviamente, só não potenciam a irritação de um qualquer idiota.

Tenha eu tempo e escreverei algo para perguntar – tão – só – isto: que deve a Guarda ao que passa por ser (ou se identifica a si própria como) socialista?

Um teatro municipal!? Até Bragança já tem um… – com todo o devido respeito pela nordestina cidade.

O Leitmotiv do desdobrável é: “Acredito”. Abençoado Tertuliano, cujo o génio ficou célebre por ter declarado: “Acredito porque é absurdo”. Com Valente, digamos, é tudo possível. Só faltou proclamar: “Laetus in praesens”! (“Felicidade agora”!).

Sejamos claros: os intelectuais de serviço à candidatura podem limpar as mãos à parede pelo serviço que fizeram. Mais. Ao escolherem a fotografia que encima o texto não se deram sequer conta de que o apresentado é o rosto de alguém que está dominado por uma profunda perplexidade, não obstante todo o esforço que pretende fazer para superar tal debilidade?! E propugna acção com braços cruzados? Valente, medroso, é já um derrotado.

Os tais intelectuais de serviço deviam ter consigo algumas elementares noções, a saber: que não pode haver vitória sem um ânimo vitorioso logo à partida; que há critérios para identificar a verdade muito para além do que cuidam.

O corroborar de tudo quanto dito fica é dado pelo próprio Valente – medroso para além do que possa escrever-se – logo na entrevista à Rádio Altitude – primeiro – e na pantomima que se passou no Hotel Turismo, quando da apresentação pública – depois. Aqui refiro-me, apenas, à absolutamente falhada encenação com os seus próprios filhos.

O que falta a Valente é tesura. Traumatizado com a derrota de Celorico? O certo é que as pessoas não ignoram este dado.

A Política, em Portugal, está num tal estado de degradação que já ninguém é iludido.

Que tenha havido gente é alguma admiração!? Os responsáveis pela autarquia sempre se assumiram como os dispensadores de todos os bens, à boa maneira fascista como, aliás, Jardim na Madeira; e um povoléu imenso sem cultura acha que assim é que …lhe convém.

Que outros, pagando autocarros, tragam uma quantidade de presenças é, tal qual, o que, ante- 25 de Abril acontecia nas manifestações… espontâneas. Pois não sabe qualquer iniciado no estudo da “matéria” que o estrutural em História permanece? Pois não dizem os egitanienses, a vox populi , que a Câmara é um “albergue”? Quantos funcionários tem a Câmara? Com que critérios foram/são admitidos? Que quantidade de admissões continua a verificar-se? Em Epistemologia, quantidade rima com qualidade? Que produtividade? A este respeito dou – tão – só – um exemplo: para a “Sessão Solene Comemorativa do 802º Aniversário da Cidade” recebi, todos enviados pela Autarquia, quatro convites (que mostro a “O Interior”).

Quanto ganha e o que faz Valente no Polis? E será que acumula com o ordenado e rendimentos da REFER?

Sejamos claros: Valente não tem horizontes para ser Presidente da Câmara e está cheio de medo. Assim, tal qual. Não é preciso ser especialmente sabedor de Grafologia para ter a confirmação (atentar na última linha do desdobrável).

Pobre Valente, pobres intelectuais de serviço, e pobres de nós senão agirmos como devemos.

Guarda – 25 – V – 05

P.S. – Já este texto estava escrito quando li a carta de um socialista “devidamente identificado” no espaço dos leitores deste jornal.

Honra ao tal socialista – que, no fundo, é absolutamente coincidente com o que digo – , honra, também, a “O Interior”, em virtude do espaço que lhe dá.

Por: J. A. Alves Ambrósio

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