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Um dia com Mia Couto

TESTEMUNHO

Quando comecei a ler um livro de Mia Couto, nunca pensei que me pudesse cativar tanto. Mas aconteceu talvez por este falar de memórias de infância, ou de neste livro eu me sentir em África. Sim, foi mesmo isso que a leitura de “Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra” me provocou. Levou-me de volta a África numa viagem de regresso às origens. Cada página virada era uma memória relembrada, uma memória que jamais voltará. Não passará disso mesmo, memórias, lembranças de tempos que sei que infelizmente não voltarão. Quando, na obra, ele falava de certos locais identifiquei-me com ele, fez-me lembrar de tudo aquilo que vivi. Isto fez com que gostasse ainda mais da sua obra.

Não sabia que me ia tornar fã do autor, com este livro, e fiquei com o desejo de o conhecer pessoalmente. Estava longe de imaginar que poderia realizar esse sonho tão rápido. Isso aconteceu no fim do mês de abril quando o escritor veio à Guarda receber o Prémio Eduardo Lourenço. Houve uma sessão, de manhã, na BMEL, um encontro do autor com alunos do secundário e lá estive, na primeira fila, a fazer-lhe perguntas sobre a sua obra e a ouvi-lo. Consegui falar com ele e entreguei-lhe um texto da minha autoria para ele ler. Senti o meu sonho realizado.

Raquel Sampaio, nº 23, 11º G

Um dia com Mia Couto

Sobre o autor

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