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Um apelo à serenidade

Decorridos mais de trinta dias sobre a carta que escrevi e as opiniões que emiti, devo dizer que muita coisa mudou.

Após o choque da notícia de que o Agrupamento de Escolas de Vila Franca nas Naves iria fechar, eu como membro da associação de pais cessante estive envolvida em várias medidas de sensibilização e reunida com pessoas responsáveis sobre este assunto. Decorrido este tempo, e depois de ter chegado à fala com o Senhor Primeiro Ministro, Engenheiro José Sócrates, Senhora Ministra da Educação, Isabel Alçada, Senhor Governador Civil, Santinho Pacheco, Senhor Presidente da Câmara de Trancoso, Doutor Júlio Sarmento, alguns deputados do Distrito da Guarda – e ainda de ter sido recebida na DREC em Coimbra, no passado dia 25 de Junho, pela Senhora Directora Regional de Educação, Helena Libório – , a minha opinião neste momento é outra.

O cenário negro de que a escola iria ficar sem o terceiro ciclo, neste momento não existe. (…)

Obtivemos garantias verbais da Senhora Directora Regional de que as turmas irão ser aprovadas, tal como estão elaboradas e enviadas pela escola, independentemente do numero de alunos. (…) Reafirmou-nos ainda que não serão deslocadas crianças para Trancoso, pois não é esse o objectivo. A única coisa que altera é o órgão de gestão. Vila Franca das Naves, tal como os outros estabelecimentos de ensino, fica com um Director de estabelecimento, nomeado pela actual Directora. A Professora Isabel fará parte de um órgão de gestão, que terá como responsabilidade gerir o mega-agrupamento. Portanto, neste momento está garantido o normal funcionamento da escola. Como tal, neste contexto, as minhas palavras são de serenidade, até porque a escola precisa de estabilizar, para poder preparar o ano lectivo que aí vem, sem correr o risco de perder meninos dos concelhos vizinhos. O clima de desconfiança em relação ao tempo em que a escola ainda se manterá aberta é prejudicial, pois poderá afugentar aqueles pais que pretendiam colocar aqui as suas CRIANÇAS, mas que gostariam de o fazer de uma forma tranquila, sem o fantasma do fecho da escola. (…)

“Às vezes em guerras muito barulhentas, sai o tiro pela culatra”. Apelo à serenidade e à inteligência.

Neste momento e como a lei diz, cessamos funções. Já há nomes para uma nova associação de pais, há caras novas com ideias renovadas, mas há muita gente que fica e mantém o seu nome na lista. Quanto a mim, depois de 12 anos de colaboração mais ou menos activa, dou por terminada a minha caminhada na associação de pais.

Desejo sorte aos novos membros, na certeza de que tudo farão para o bem dos nossos meninos, pois uma associação de Pais só faz sentido pelas CRIANÇAS.

As CRIANÇAS são o motivo e a razão mais forte…sempre.

Maria Clara Correia, Vila Franca das Naves

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