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ULS incentiva grávidas a darem à luz na Guarda

Campanha “A Maternidade que nos une” pretende elevar o número de nascimentos no Hospital Sousa Martins para salvar a maternidade

A Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda lançou, na passada quinta-feira, a campanha “A Maternidade que nos Une” para sensibilizar as grávidas do distrito a terem os seus filhos na maternidade do Hospital Sousa Martins. A iniciativa foi apresentada durante a visita do Bispo da Guarda, D. Manuel Felício, às obras do novo pavilhão e ao serviço de obstetrícia do hospital.

Primeiro “convidado” desta iniciativa, D. Manuel salientou «a qualidade dos serviços» e defendeu que a «realidade humana e geográfica da Guarda reúne condições para ter a maternidade». De resto, lembrou que «a região, por razões variadas, tem vindo a sofrer as consequências da diminuição da natalidade, mas os indicadores mostram uma retoma e se há retoma devemos entusiasmá-la, acolhê-la e valorizá-la». Por isso, para o prelado, «vale a pena não só refazer a saúde na Guarda, mas também começar a vida aqui». Já a presidente do Conselho de Administração da ULS destacou que a campanha pretende incrementar os nascimentos na maternidade, «e fazer com que as pessoas que amam esta cidade tenham os seus filhos aqui». Ana Manso explicou ainda que o convite a D. Manuel deveu-se ao facto de «ser uma voz que chega a todo o distrito», mas disse esperar contar também «com outras forças políticas e sociais» da cidade e do distrito nesta iniciativa.

A responsável sustentou que «todos temos de ser cúmplices na responsabilidade de defender a maternidade e a melhor forma é fazendo com que os nossos filhos nasçam aqui, na Guarda». Defendeu também que «é necessário fazer da maternidade uma causa, pois não faz sentido estarmos a “puxar” os nascimentos para aqui e depois as grávidas da Guarda irem dar à luz noutras maternidades». Segundo Ana Manso, o objetivo passa por «atrair os 300 nascimentos que nos faltam para chegar ao milhar», número que «já permite negociar uma discriminação positiva para a maternidade da Guarda em relação ao limite mínimo, considerado ideal, de 1.500 partos». Quanto às obras do novo pavilhão, a presidente do CA sublinhou que «há um grande esforço da ULS» para que sejam retomados os trabalhos o mais rapidamente possível.

«Já tivemos uma reunião com o consórcio para pagamento de algumas das dívidas e haverá outra para traçar um calendário tendo em vista o recomeço da obra», afirmou. Contudo, escusou-se a adiantar uma data para a sua conclusão, mas sempre referiu que «a previsão é de 10 semanas» após o recomeço dos trabalhos. Isto sem incluir o equipamento para os serviços de Imagiologia e do Bloco Operatório, cujos concursos ainda estão a decorrer e envolvem «cerca de 15 milhões de euros», não havendo por isso uma previsão de quando o edifício poderá estar operacional.

Fábio Gomes D. Manuel Felício visitou serviço acompanhado por Ana Manso

Comentários dos nossos leitores
antonio vasco saraiva da silva vascosil@live.com.pt
Comentário:
Esta gente está errada. Querem prescrever o medicamento esquecendo a doença. Não é com medidas destas que vamos ter mais partos na Guarda, mas sim dar aos portugueses o abono de família digno desse nome e incentivar os casais a terem filhos. Todos sabemos que a política que está a ser seguida não nos leva a lado nenhum, pois quem opta por não ter filhos não paga taxas moderadoras. Quando vemos que Portugal é o pais da Europa que mais tem envelhecido, quando todos vemos que ser-se pais nos dias que correm é uma autêntica aventura, pois as pessoas só vêem números e não os valores. Uma sociedade só se faz com medidas que apoiem a natalidade e não medidas contra a vida, como aquelas que temos. Depois é aquilo que se vê, somos uma Europa velha, cheia de vícios, amanhã temos de importar gente de África e da Ásia. Sou a favor da nossa maternidade, mas devemos atacar o mal pela raíz e não o contrário. Noutro tempo, a própia igreja colocava de parte as moças que apareciam grávidas em vez de as apoiar. Sim, mentalidades antigas dirão muitos, hoje as coisas estão a mudar, pareçe! Mas ainda temos muito para fazer, a começar por mudar estes figurantes de políticos que nos governam, que, com medidas como as que estão a tomar, impedem o crescimento a todos os níveis.
 

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