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«ULS da Guarda parece uma extensão do PSD»

Líder da concelhia do PS critica administração da Unidade Local de Saúde por causa da contratação de pessoal, do email e da “guerrilha” na Cirurgia

O PS da Guarda considera que o atual conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) tem «falta de liderança e de estratégia» para o funcionamento da instituição.

João Pedro Borges justifica esta análise com o recente caso do email de cariz partidário, o clima de guerrilha vivido no serviço de Cirurgia e a contratação de pessoal. «São notícias que em nada engrandecem o trabalho realizado na ULS, que é cada vez mais uma extensão dos partidos no poder, o PSD e o CDS», disse o líder da concelhia numa conferência de imprensa realizada na última quarta-feira. Acompanhado dos vereadores na Câmara da Guarda Joaquim Carreira e Graça Cabral, o dirigente manifestou ainda preocupação com as reclamações apresentadas por candidatos preteridos num concurso público aberto na ULS para a contratação de dois técnicos superiores da área de auditoria. «Parece-nos que há ali alguma ligação política dos escolhidos aos partidos do poder e a informação que temos é que dois candidatos que se sentem lesados poderão recorrer à justiça», afirmou João Pedro Borges.

O socialista anunciou que a concelhia vai escrever ao ministro da Saúde «sobre o que se está a passar na Guarda», considerando que, «claramente, este Governo e este Conselho de Administração parecem fazer da ULS da Guarda uma extensão do PSD». Por sua vez, o vereador Joaquim Carreira disse recear que o presidente do CA, Carlos Rodrigues, tenha aceite o lugar «para presidir à comissão liquidatária do Hospital da Guarda». Na resposta, a concelhia do PSD devolveu as críticas, dizendo que foi «o PS que verdadeiramente instrumentalizou e partidarizou a administração pública, dado o elevadíssimo número de pessoas que admitiu nos serviços existentes no concelho da Guarda, confundido o partido com o Estado e o Estado com o partido».

Em comunicado, os sociais-democratas acusam João Pedro Borges de ter proferido «barbaridades» dada «a falta de conhecimento da realidade da ULS da Guarda». Tanto assim que «o PS e a administração por ele nomeada [presidida por Fernando Girão] são os únicos responsáveis pelo conflito desencadeado no serviço e Cirurgia e para o qual infelizmente ainda não se conseguiu arranjar uma solução», critica o PSD guardense. No documento, a concelhia lamenta ainda que os socialistas não tenham apresentado «qualquer proposta para melhorar os cuidados de saúde no nosso concelho e tudo isto porque o presidente da concelhia do PS apenas sabe falar de “fait-divers” sobre saúde».

Luis Martins João Pedro Borges vai escrever ao ministro da Saúde «sobre o que se está a passar na Guarda»

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