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ULS da Guarda melhorou resultados operacionais em novembro

Centro Hospitalar da Cova da Beira agravou resultados negativos em mais de 1,1 milhões de euros relativamente ao mês anterior

Os resultados operacionais da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda melhoraram ligeiramente em novembro, mas continuam mesmo assim no vermelho. Segundo os últimos dados publicados pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), a entidade que congrega os hospitais Sousa Martins (Guarda) e Nossa Senhora da Assunção (Seia), bem como doze centros de saúde do distrito, obteve nesse mês um resultado negativo de mais de 824 mil euros. Em outubro, o balanço tinha sido negativo em cerca de 910 mil euros.

A ULS não escapa à tendência geral que afeta o Serviço Nacional de Saúde (SNS), com as contas dos hospitais a derraparam mais de 70 milhões de euros só em novembro. De acordo com a informação disponibilizada no site da ACSS, no total, houve um resultado negativo de 381,3 milhões, o que representa um agravamento de 59 milhões em relação a outubro. O cenário também não é melhor nas ULS criadas pelo país, pois os resultados operacionais pioraram para 26,1 milhões em novembro, mais 10,6 milhões do que no mês anterior. Por cá, a ULS teve em novembro proveitos operacionais (cerca de 81,7 milhões) inferiores aos custos (82,6 milhões). Nesse mês gastou mais de 8,1 milhões em produtos farmacêuticos (mais 812.284 mil euros que em outubro) e cerca de 9 milhões em horas extra, das quais mais de metade (5,7 milhões) foram pagas aos médicos. O restante foi repartido por enfermeiros e outros funcionários. Segundo a ACSS, as horas extra e trabalho suplementar representam 19,14 por cento dos custos da ULS com pessoal (51,8 milhões). Em outubro, tinham sido pagos mais de 8,3 milhões em horas extra.

O relatório mensal disponibilizado pela ACSS revela ainda que a taxa de ocupação das 362 camas disponíveis nas unidades da ULS foi de 70,2 por cento, o mesmo que em outubro, tendo crescido ligeiramente a ocupação devido a cirurgias (59,8 por cento do total, mais uma décima que no mês anterior). A demora média no conjunto da ULS era de 8,99 dias, sendo de 6,64 dias para as cirurgias e de 10,68 para as consultas. Em novembro, houve ainda 7.841 cirurgias (mais 725 que em outubro), 93.860 consultas externas (mais 9.269) e 86.611 atendimentos nas Urgências (mais 7.191). Nesse mês, a ULS tinha igualmente 716 médicos e enfermeiros e havia 168.517 utentes inscritos nos centros de saúde. Desses, 3,9 por cento não tinham médico de família. Foram efetuadas 418.839 consultas nessas unidades primárias e 119.853 nos Serviços de Atendimento Permanente (SAP).

No Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB), os resultados operacionais também foram negativos e aumentaram mais de 1,1 milhões de euros (9,8 milhões em outubro contra 11 milhões em novembro). A unidade gastou nesse mês 9,2 milhões em produtos farmacêuticos (mais 892.138 mil que em outubro) e pagou 5,4 milhões em horas extra, o que representa cerca de 16,3 por cento dos custos com pessoal (34,4 milhões). Em outubro tinham sido pagos 4,9 milhões em horas extra. Já a taxa de ocupação das 318 camas foi de 82,5 por cento, para um total de 291 médicos e enfermeiros. Nesse mês foram realizadas 4.797 cirurgias (mais 507 que em outubro), 153.047 consultas externas (mais 15.188) e 81.470 atendimentos nas Urgências (mais 7.805).

Luis Martins Apesar da ligeira melhora, contas da ULS continuam no vermelho

ULS da Guarda melhorou resultados
        operacionais em novembro

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