O número de vagas para o próximo ano letivo no Instituto Politécnico da Guarda (IPG) sofre um ligeiro decréscimo, enquanto na Universidade da Beira Interior (UBI) os valores do ano passado vão manter-se. No total, o IPG oferece 789 lugares aos estudantes que pretendam ingressar na instituição e a UBI disponibiliza 1.265 vagas.
De acordo com o reitor da universidade, «o 1º ciclo [licenciatura] está estabilizado e o 2º ciclo [mestrado] foi reorganizado, passando a existir uma oferta de maior qualidade». João Queirós adianta que, no próximo ano letivo, a instituição vai dar especial atenção à reorganização e dinamização do 3º ciclo. «Será o ano dos doutoramentos», garante. A UBI oferece uma das licenciaturas mais “cobiçadas” do país: Medicina – um curso que mantém as 140 vagas já disponibilizadas no ano anterior. No cimo da lista dos que oferecem maior número de lugares, surge de seguida o curso de Arquitetura e Urbanismo, com 65 vagas, e Gestão e Administração (60). No lado oposto da lista, surgem licenciaturas como Filosofia e Eletrónica e Automação com apenas 20 vagas. Apesar de alguns cursos registarem uma menor procura, a universidade não optou pela redução dos lugares. «É difícil reduzir mais. Filosofia, por exemplo, é um curso onde tem havido algumas dificuldades. Tem um excelente corpo docente, mas não tem conseguido atrair alunos», reconhece João Queirós. O reitor garante que a UBI pretende continuar «a procura por alunos melhores», ao mesmo tempo que se «aposta na excelência».
Já na Guarda houve um ligeiro decréscimo do número de lugares disponíveis para os novos estudantes. De acordo com o presidente do IPG, essa redução «não foi imposta pelo Ministério» e está relacionada com «os cursos que têm tido menos procura» nos últimos anos, sobretudo no que diz respeito às vagas para o ensino pós-laboral. «O ano passado esses lugares quase que nos foram impostos e viemos a verificar que não eram necessárias tantas vagas», adianta Constantino Rei. Desporto (60 vagas), Comunicação e Multimédia (50) e Comunicação e Relações Públicas (50) são algumas das licenciaturas em que os estudantes podem esperar maior número de lugares disponíveis. Já Secretariado e Engenharia Topográfica não têm conseguido interessar um número muito vasto de estudantes e, por isso, apresentam apenas 20 vagas. Constantino Rei explica que, no IPG, é a área da saúde que regista maior procura. No entanto, lembra que não é possível «aumentar os números», já que depois «não há capacidade para providenciar um ensino de qualidade em licenciaturas que exigem mais espaço em hospitais ou laboratórios», conclui.
Para o próximo ano letivo, as universidades públicas e politécnicos oferecem um total de mais de 54 mil cursos, um número ligeiramente superior quando comparado com o de 2010/2011.
Catarina Pinto 
