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UBI aumenta e IPG é o melhor dos Politécnicos do interior

Na 2ª fase do concurso nacional a Guarda tem mais vagas do que a Covilhã

Com cerca de 41 por cento das vagas preenchidas na primeira fase de acesso ao ensino superior, o presidente do Instituto Politécnico da Guarda (IPG) não desanima. «Em relação ao ano passado, este resultado é melhor e, entre os politécnicos do interior do país, o IPG foi o que conseguiu mais colocações», destaca Constantino Rei. Por isso, o responsável mostra-se tranquilo e adianta que «se a segunda fase for tão boa como a primeira, certamente que teremos números muito satisfatórios».

O presidente do IPG lamenta que só agora, «quando os candidatos já decidiram e após as primeiras colocações», sejam divulgadas as bolsas de apoio do Ministério da Educação e Ciência (MEC) para concorrentes oriundos do litoral do país. O presidente do IPG considera tardio o lançamento do Programa + Superior, o qual, refere, «devia ser conhecido em junho». O professor lamenta que «o que era uma boa ideia está transformado numa vergonha». Constantino Rei critica o + Superior como sendo «apenas um prémio para os alunos com melhor nota no Secundário», que «não contribui para atrair alunos para o interior» se «o IPG receber mais estudantes em Enfermagem e a UBI em Medicina». O presidente do Politécnico até compreende que as bolsas não sejam para alunos da região, pois, diz, «isso seria criar uma medida duplicada e o que acontece é um reforço da ação social». O valor de 1.500 euros anuais poderá também ser atribuído a 80 estudantes da UBI, como um dos 12 estabelecimentos contemplados pelo programa de mil bolsas de apoio da tutela.

Constantino Rei aponta para o final deste mês a realização de uma avaliação sobre eventuais encerramentos ou suspensões de cursos do IPG, onde há ainda disponíveis 400 vagas para a segunda fase de acesso. «Engenharia Civil e Engenharia Informática são os cursos que têm maiores dificuldades, mas mantêm-se em aberto porque em concursos especiais conseguimos o mínimo de 10 alunos», recorda. Já o reitor da UBI está preocupado com o panorama das Engenharias em Portugal, afirmando que o «elevado número de vagas por preencher é cada vez mais preocupante e a própria Ordem dos Engenheiros receia que, em breve, comecem a faltar profissionais desta área, em Portugal e na Europa».

Este ano, a Universidade da Beira Interior conseguiu subir três por cento nas colocações de novos alunos. Com 81 por cento de ocupação na primeira fase do concurso, a UBI dispõe agora de 254 lugares para os candidatos à segunda fase de acesso. António Fidalgo classifica os resultados como «bastante positivos, com uma subida em relação ao ano anterior». De resto, em 17 dos 29 cursos as vagas ficaram totalmente preenchidas. Até dia 19 decorre a segunda fase do concurso de acesso ao ensino superior e os resultados são conhecidos a 25 de setembro.

«Politécnico da Guarda é o melhor do interior», afirma satisfeito Constantino Rei

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