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Troço Guarda/Vilar Formoso concluído só depois de 15 de Dezembro

Apesar das duas primeiras faixas de rodagem duplicadas no IP5 terem aberto esta semana, Lusoscut prevê a inauguração para mais tarde

Desde quarta-feira que estão a funcionar as duas faixas de rodagem correspondentes à obra de duplicação no lanço do IP5 entre a Guarda e Vilar Formoso. Não se trata, ao contrário do que alguns órgãos de comunicação avançaram, de uma inauguração da zona intervencionada na duplicação daquele Itinerário Principal, mas apenas da abertura de uma fase da obra, uma vez que os trabalhos correspondentes «só estarão totalmente concluídos», com excepção da duplicação da ponte sobre o rio Côa, na segunda quinzena de Dezembro próximo. Só para essa altura será agendada a inauguração oficial desse troço com uma extensão de 34 quilómetros, ficando para uma fase posterior a zona onde está a ser construída uma nova ponte sobre o rio Côa cujos trabalhos deverão ficar concluídos apenas em Maio de 2004, adiantou segunda-feira a Lusoscut, concessionária da auto-estrada das Beiras Litoral e Alta. Recorde-se que este consórcio, liderado pela construtora Mota & Companhia, ganhou o concurso internacional lançado pelo Governo em 1998 para a concessão da concepção, construção ou duplicação, financiamento, conservação e exploração em regime de portagem sem cobrança aos utilizadores (SCUT). Ainda sem data certa para a cerimónia inaugural desta primeira etapa da construção da futura Auto-Estrada nº 25 (A25), a Lusoscut garante que só após a conclusão total da obra se passará ao corte de fita da primeira fase das obras de duplicação do IP5. Neste primeiro percurso, as plataformas das duas vias, a antiga e a nova, chegam a afastar-se uma da outra 50 metros, com sucessivos desnivelamentos que as elevam ou rebaixam. Foram construídas 22 obras de arte, 19 das quais são passagens agrícolas e as restantes são pontes de média dimensão. Uma delas, a maior de todas (915 metros), atravessa o rio Côa ao quilómetro 26 e só estará pronta em Maio do próximo ano. Será esse, aliás, o único ponto da via com circulação condicionada na ligação Guarda-Vilar Formoso, dado que ainda estão em execução e montagem os pilares e a viga de lançamento para um novo tabuleiro.

A par do terminus deste primeiro lanço, prossegue a construção dos troços Albergaria-a-Velha/nó de Boaldeia e Viseu/Mangualde, ambos a concluir em Setembro de 2005. Já a construção do troço entre a Guarda e Mangualde deverá arrancar no primeiro mês do próximo ano para que a totalidade da duplicação do IP5 esteja finalizada em Junho de 2006, representando um investimento global de 1,1 bilião de euros, dos quais cerca de 693 milhões dizem respeito a custos de construção. O pico do orçamento será atingido em 2004, ano em que se prevê o “boom” da execução de obra no terreno. A transformação do IP5 em auto-estrada, desde Albergaria a Vilar Formoso (166 quilómetros) – sem contar os cinco do lanço do IP1 até ao nó do IC2, à entrada de Aveiro, que já estavam concluídos – aproveita apenas 40 quilómetros do actual traçado nos nós da Ratoeira nascente/Fornos de Algodres e de Cambarinho/Carvoeiro, com cerca de 20 quilómetros cada. A construção nova acontecerá em 67 quilómetros, sendo os restantes, cerca de 50, duplicados com abandono do traçado existente. Desclassificados serão o nó do Carvoeiro e área de serviço; Vouzela/IC12, próximo de Mangualde; Chãs de Tavares/Fornos de Algodres; e Ratoeira/Guarda. A A25 terá cinco áreas de serviço novas, um serviço de assistência a clientes 24 horas/dia, vigilância das condições de circulação e painéis de informação variável. Durão Barroso anunciou recentemente que o Governo vai introduzir portagens nas SCUT’s que se encontram actualmente em execução, medida que vai abranger a futura A25.

Rita Lopes

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