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Tribunal decide créditos da falência da Eres nas férias judiciais

Venda do património da fábrica de confecções do Fundão rendeu apenas 1.250 euros

O Tribunal do Fundão vai decidir a graduação de créditos relativa ao processo de falência das Confecções Eres durante o período das férias judiciais, revelou Luís Garra, presidente do Sindicato Têxtil da Beira Baixa (STBB). Segundo o sindicalista, a garantia foi dada pela juíza titular do processo, Cristina Miranda, depois de avaliada uma moção entregue ao tribunal, subscrita por mais de uma centena de ex-trabalhadoras. Contudo, «mesmo que a atribuição dos créditos dê prioridade aos trabalhadores, haverá pessoas que não vão receber a totalidade do que lhe é devido», disse Luís Garra. Desconhecendo o valor das dívidas da empresa e os montantes a receber pelas ex-funcionárias, o presidente do STBB acrescentou que «a venda do património da Eres rendeu apenas 1.250 euros, o que é um montante irrisório». Apesar dos processos não pararem durante as férias judiciais, o sindicalista elogiou a atitude da magistrada responsável pelo caso da Eres, «no sentido de se resolver a situação». A fábrica de confecções, sediada no Fundão, fechou portas em 2002 e deixou no desemprego cerca de 460 funcionárias.

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