Tal como estava previsto, os credores da Egicar tiveram a sua primeira reunião anteontem, tendo determinado a venda da empresa. O Tribunal da Guarda reconheceu a insolvência da concessionária automóvel, decretada em maio, e vai agora proceder à liquidação do respetivo património.
«Tentou perceber-se se havia viabilidade para continuar, mas está fora de questão», disse Sandra Sousa a O INTERIOR, acrescentando que «a assembleia de credores deliberou, por unanimidade, a liquidação». A dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente (SITE) do Centro-Norte confessa que «há uma certa esperança de que possa surgir alguém que queira ficar com a empresa», mas adianta que a primeira assembleia apenas votou o destino do património, pelo que eventuais desenvolvimentos só terão lugar nas próximas reuniões.
A insolvência da Egicar foi pedida pelo Banco Espírito Santo (BES), sendo que a empresa foi encerrada a 10 de maio por Joaquim Baltazar Lopes, administrador judicial nomeado pelo Tribunal da Guarda. O administrador de insolvência só conseguiu mudar as fechaduras do espaço quando acompanhado pela PSP, já que a administração defendia que o equipamento pertencia à SportGarbe: «Estes trabalhadores são da Egicar e os bens que estão lá dentro também», defendeu Sandra Sousa em maio. Cerca de 20 trabalhadores ficaram sem emprego, numa altura em que a empresa não representava qualquer marca.