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Tribunais de Fornos e Mêda reabrem com o Ano Novo

Em 2014, o novo mapa judiciário determinou o fecho de 20 tribunais e a transformação de outros 27 em secções de proximidade

Dois anos após o seu encerramento com a última reforma do mapa judiciário, os tribunais de Fornos de Algodres e de Mêda vão reabrir a 3 de janeiro, tal como outros 18 palácios de justiça fechados em 2014.

O anúncio da reabertura ocorreu há sete meses quando a atual ministra da Justiça, Francisca Van Dunen, afirmou que o objetivo era «aproximar» a Justiça dos cidadãos. Por isso, esta reativação visa «combater a desertificação do interior» e «facilitar o acesso das populações ao essencial da oferta judicial», sendo considerada «uma vitória» pelos autarcas afetados. Para o presidente da Câmara de Fornos de Algodres foi «feita justiça» ao concelho e aos seus habitantes. «Vejo esta reabertura do tribunal com muita alegria. Para os fornenses é importante que o serviço público, que existiu aqui durante anos, seja reaberto. As pessoas vão deixar de se deslocar para outro concelho [Gouveia] para ver certas questões judiciais resolvidas», afirma Manuel Fonseca. O autarca acrescenta que «esta decisão do atual governo veio em boa hora, de modo a reparar a injustiça que foi feita pelo anterior executivo» de Passos Coelho.

Na Mêda, a reabertura do tribunal local é vista como uma mais-valia. «É com grande satisfação que vemos o tribunal reabrir. Era algo que já pretendíamos há muito tempo e estamos ansiosos para que chegue esse dia», declara Anselmo Sousa. Até agora, para ter acesso a certos serviços jurídicos, os medenses tinham que se deslocar a Vila Nova de Foz Côa e, segundo o presidente da autarquia, «essas deslocações eram difíceis»: «Estamos a falar de uma população muito idosa que tem dificuldades em deslocar-se. Para essas pessoas a justiça não existia porque se recusavam a andar de um lado para o outro», acrescentou o edil. Contudo, Anselmo Sousa admite que, no início, poderá haver «alguns constrangimentos, mas acredito que vai tudo voltar à normalidade». Os serviços dos tribunais vão ser avaliados frequentemente pelo Ministério da Justiça, o que, para o edil, vai «possibilitar que tudo volte ao normal num curto espaço de tempo».

Além da Mêda e Fornos de Algodres, vão reabrir os tribunais encerrados nos distritos de Aveiro, Coimbra, Évora, Leiria, Santarém, Lisboa, Portalegre, Vila Real, Viana do Castelo, Viseu e Setúbal.

Sara Guterres Tribunais de Fornos e Mêda (na foto) voltam a funcionar a partir de 3 de janeiro

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