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Trânsito pode regressar à Rua do Comércio

Decisão será tomada em junho após a conclusão de uma intervenção que pretende reforçar a vertente pedonal da rua e balizar um corredor para o eventual regresso dos carros

A Câmara da Guarda vai fazer «uma pequena requalificação» da Rua do Comércio para «dar mais vida e beleza» àquela artéria do centro da cidade. O projeto foi apresentado na passada segunda-feira, numa sessão em que o presidente do município pediu ajuda aos guardenses para definir o regresso, ou não, do trânsito ao local.

Com um custo estimado em cerca de 160 mil euros, a intervenção proposta pelo arquiteto João Madalena vai no sentido de reforçar a vertente pedonal da rua que liga à Praça Velha, balizando o corredor destinado aos carros. «Serão introduzidos elementos urbanos para fazer a diferenciação, como floreiras, bancos, papeleiras ou mupis, enquanto uma chapa metálica com iluminação “led” no chão reforçará essa “fronteira”», disse o arquiteto Hugo Menoita, que apresentou o projeto a comerciantes e empresários na sala da Assembleia Municipal. O objetivo é dar «algum dinamismo» à via numa solução que já tem em conta a possibilidade dos carros voltarem a circular entre a 31 de Janeiro e a Rua do Comércio, com passagem pela Praça Velha ou pela Rua Augusto Gil. Mas esse é um assunto a decidir até ao final de junho, quando se prevê que os trabalhos estejam finalizados.

Nesse sentido, Álvaro Amaro anunciou que após as obras a autarquia decidirá se a rua vai continuar pedonal ou se terá trânsito: «Este projeto tanto serve se a rua for tapada ou continuar destapada, sem carros a passar ou com carros a passar. Acho que vale a pena dar-lhe este toque e depois decidimos se será atravessada por automóveis ou não», referiu o autarca. De resto, o presidente do município acrescentou que esta empreitada também vai ser candidatada aos financiamentos em “overbooking” do QREN. «Não temos dinheiro para tapar a Rua do Comércio, mas há um problema da cidade “partida” com o fecho ao trânsito desta via e esta intervenção pode ser o princípio da mudança», reconheceu Álvaro Amaro.

Nesta sessão, a autarquia apresentou ainda o plano de intervenção técnico nas árvores da cidade, a realizar nos próximos dois anos. O projeto implica o corte, a plantação, podas e tratamento fitossanitário do parque arbóreo da Guarda e representa um investimento de cerca de 45 mil euros. Os trabalhos decorrem de um estudo elaborado por um docente da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro com o objetivo de «embelezar a cidade», afirmou o autarca. Álvaro Amaro fez questão de sublinhar que esta é uma intervenção «respaldada na ciência, não é uma decisão política».

Luis Martins «Vale a pena dar-lhe este toque e depois decidimos se será atravessada por automóveis ou não», disse Álvaro Amaro

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