Nos dias de hoje a tecnologia procura comprimir ao máximo todos os objectos que produz, reduzindo ao mínimo o tamanho e o espaço dos objectos. Um desses exemplos é o transístor.
Os transístores são sistemas de díodos semicondutores que actuam como semicondutores – substâncias cuja resistência eléctrica se situa entre a dos condutores e a dos isoladores – que actuam como amplificadores. Há dois tipos principais: os transístores de junção e os de efeito de campo.
A história do transístor remonta, pelo menos, a 1898 data em que Thomson descobriu o electrão. Para muitos, esta terá sido a descoberta mais importante do século XX. Os seus autores John Bardeen, Walter Brattain e William Shockley desenvolveram um primeiro dispositivo experimental em Dezembro de 1947, enquanto membros da Bell Laboratories. Por esta descoberta foi-lhes atribuído o prémio Nobel da Física em 1956.
Os transístores vieram substituir as válvulas, que na altura tinham a mesma finalidade, mas acrescentavam aos produtos um grande volume. Já na era dos transístores a evolução tecnológica permitiu um constante reduzir do seu tamanho e do espaço ocupado na máquina, assim como o aumento da sua eficiência e fiabilidade
Um transístor poderá funcionar como um rápido comutador electrónico, fazendo com que a corrente que entra que entra na base varie amplamente, de modo que a corrente principal passa efectivamente de ligada a desligada ou vice-versa.
Uma das principais aplicações desta tecnologia são as microplacas usadas nos microprocessadore, os sistemas de memórias dos computadores dos computadores contêm muitos milhares de transístores miniaturiais, formados segundo padrões complexos, em diversas camadas de silício, ou, mais raramente, algum outro material semicondutor. Nos microprocessadores, os transístores formam um série de comutadores que permitem ou impedem a passagem aos impulsos da corrente. As operações dos transístores são comandada pela sequência das instruções programadas fornecidas ao processador, e deste modo, são processados os códigos binários de sinais de dados.
Mas a última geração de transístores está a ser desenvolvida por um grupo de investigação português do CINEMAT/I3N (Centro de Investigação de Materiais) da Universidade Nova de Lisboa. Esta equipa de investigação liderada por Elvira Fortunato procura desenvolver o transístor em papel, uma descoberta científica da maior importância no mercado tecnológico, uma vez que a sua implementação no mercado pode baixar exponencialmente o preço de um vasto número de sistemas electrónicos.
Começam já a surgir ideias acerca das vantagens da utilização deste tipo de chips, entre as quais se destacam a flexibilidade do material, poderá dobrar-se sem o danificar e o baixo custo de produção, que por sua vez irá reflectir-se nos produtos que o adoptarem, contudo este material ainda não está totalmente aperfeiçoado e capaz de substituir de imediato os outros transístores.
Por: António Costa