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Trancoso acolheu montra de produtos regionais portugueses e espanhóis

IIª edição da Ecoraia decorreu no passado fim-de-semana no Pavilhão Multiusos

Alguns dos trunfos gastronómicos luso-espanhóis marcaram presença na segunda edição da Ecoraia, que decorreu no passado fim-de-semana no Pavilhão Multiusos de Trancoso.

Cerca de 120 expositores do ramo agroalimentar, sobretudo pequenas e médias empresas, vindos da província de Salamanca e da Beira Interior Norte e Douro Superior aproveitaram o certame para divulgar e vender os seus produtos. Os enchidos, o vinho, os frutos secos, os queijos, o azeite e a doçaria tradicional fizeram as delícias de quem se deslocou a Trancoso apesar do mau tempo e das portagens – duas contrariedades com que a organização não contava certamente e trocaram as contas da afluência do público nesta edição. Os visitantes puderam ainda encontrar os stands institucionais das autarquias e associações de desenvolvimento desta vasta região transfronteriça, sobressaindo o espaço convidativo do Ayuntamiento de Salamanca e a criatividade postas em prática pelos municípios de Pinhel e Almeida.

Na sessão de abertura, o autarca anfitrião, Júlio Sarmento, sublinhou que esta segunda Ecoraia é «um passo muito importante na criação de um mercado interno nesta região. Pode parecer uma tarefa difícil na atual conjuntura, mas não há outro caminho. A integração é a única alternativa viável de desenvolvimento». Quem também chamou a atenção para um mercado ainda pouco explorado de 500 mil pessoas dos dois lados da fronteira foi António Ruas. O presidente da Associação de Municípios da Cova da Beira (AMCB), que organizou esta Ecoraia, lembrou que a feira é «uma oportunidade para os produtores locais estimularem os seus negócios», considerando que alguns dos produtos apresentados «são ou podem vir a ser a base das nossas economias locais».

Como o evento tem prazo até 2013, quando Pinhel acolherá a última edição (a próxima volta a Salamanca), o autarca da “cidade-falcão” desafiou os produtores a darem continuidade à Ecoraia «organizando-se para essa finalidade». Por sua vez, o presidente da Diputación de Salamanca afirmou que com este tipo de iniciativas pretende-se «dar o máximo de possibilidades às empresas dos dois lados da fronteira». Javier Iglésias acrescentou que a Diputación tem «muito interesse» em continuar com a Ecoraia, pois o sector agroalimentar «é fundamental na subsistência de várias aldeias da província de Salamanca». A organização das quatro edições da Ecoraia custa 1,6 milhões de euros, financiados em 75 por cento pelo FEDER. A iniciativa é realizada no âmbito do projeto VIP BIN SAL 3 E: Valorizar, Inovar e Potenciar a Beira Interior Norte – Província de Salamanca, apoiado pelo Programa de Cooperação Transfronteiriça Espanha-Portugal 2007-2013.

O queijo da Serra de Celorico da Beira fez as delícias de António Ruas, Javier Iglésias e Esmeraldo Carvalhinho

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