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Tragédia grega no Teatro-Cine da Covilhã

Teatro Corsário apresenta esta noite “Édipo Rey”

O palco do Teatro-Cine da Covilhã acolhe esta noite o segundo espectáculo do Festival Y, organizado pela “Quarta Parede”. Trata-se de uma produção dos espanhóis do Teatro Corsário, que revisitam a tragédia grega e apresentam “Édipo Rey”. Os actores Pedro Vergara, Rosa Manzano, Jesus Peña, Javier Juárez, Miguel Bocos, Javier Semprún, Beatriz Alcalde, Cármen Gañan e Luís Miguel Garcia dão vida à versão de Fernando Urdiales sobre o texto clássico de Édipo, filho de Laios, rei de Tebas, e de Jocasta. Além da forte estética visual, enriquecida pelas expressões e gestos dos actores, é de realçar ainda a presença do “coro” – uma das maiores características da tragédia grega. Este elemento da narrativa vai integrar-se plenamente na representação e assume um enorme protagonismo, visto ser o ponto de onde emerge a tragédia. Escrito por Sófocles, que viveu entre 496 e 406 a.C e considerado por muitos como o maior dramaturgo grego, este texto é uma obra-prima da tragédia clássica por ilustrar na perfeição a fatalidade e a impotência humana perante o destino.

Cabe ao elenco do Teatro Corsário, de Valladolid (Espanha), a responsabilidade de dar vida à tragédia particularmente admirada na “Poética” de Aristóteles e que serviu para Freud elaborar a teoria do Complexo de Édipo. Ainda no âmbito do Festival Y, a “Quarta Parede” – Associação de Artes Performativas da Covilhã promove na Biblioteca Municipal da Covilhã, no dia 1 de Outubro, um debate com Jacinto Lucas Pires sobre “A nova dramaturgia portuguesa”. Com apenas 29 anos, o autor já singrou como escritor de vários géneros literários e realizador. Publicou o seu primeiro livro de contos “Para Averiguar do seu Grau de Pureza” em 1996. Tem-se dedicado desde então à ficção com “Azul-turquesa”, “2 Filmes e Algo de Algodão”, “Abre para cá” e “Livro Usado” e ao teatro com as peças “Universos e Frigoríficos”, “Arranha-céus”, “No fundo, no fundo”, “Escrever, falar”. No cinema, destaca-se pela realização da curta-metragem “Cinemaamor” e por ter escrito o argumento da curta-metragem “É só um Minuto”, de Pedro Caldas.

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