Os cerca de 50 trabalhadores das obras do Data Center da Portugal Telecom, que está a ser construído na Covilhã, já estão a ser alojados em casas. Os operários, naturais de países africanos e afrodescendentes, estavam a viver num armazém inacabado, situado na zona sul do parque industrial do Tortosendo, sem água, eletricidade ou condições sanitárias, e acusam a empresa Açomonta, uma das subempreiteiras da obra, de ali os ter colocado desde meados de maio.
O responsável comercial da empresa, António Reboucho, já referiu que a firma é alheia à situação e garantiu que, desde que o caso foi tornado público, estão a ser feitos todos os esforços para alojar os trabalhadores. Entretanto, a unidade local da Covilhã da Autoridade das Condições de Trabalho (ACT) já fiscalizou o local e Aires Duarte, subdiretor do organismo, disse que «o alojamento de trabalhadores em condições indignas constitui uma violação grosseira da lei». Também a Portugal Telecom já reagiu, dizendo-se «surpreendida» com «as alegadas condições deploráveis de alojamento de um grupo de trabalhadores. A operadora manifestou o seu «total repúdio» e adiantou que este tipo de casos está expressamente proibido pelo contrato de empreitada. A PT disse ainda que irá acionar todos os meios ao seu dispor para resolver a situação. O caso foi revelado na semana passada pelo “Jornal do Fundão”.
